manifestam o seu apoio à CDU
Força para garantir o futuro
No dia 16, em Palmela, Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP, e Francisco Lopes, cabeça de lista da CDU pelo círculo eleitoral de Setúbal, teceram fortes críticas ao Governo PSD/CDS pelos ataques aos direitos dos trabalhadores, que começaram com o PS.
Apontar uma perspectiva de progresso social
Na Sociedade Filarmónica Humanitária, onde se realizou um almoço promovido pela Célula dos Trabalhadores Comunistas da Câmara Municipal de Palmela, estiveram mais de duas centenas de pessoas, que receberam, com uma entusiástica salva de palmas, Jerónimo de Sousa e Francisco Lopes.
No período das intervenções, Francisco Lopes começou por apontar que, ali, em Palmela, «estamos numa autarquia CDU», o que «tem ligação e conteúdo com aquilo que se passou até aqui, relativamente à defesa dos interesses e direitos dos trabalhadores, do Poder Local Democrático e dos interesses das populações».
«É necessário que se analise e reflicta, para uma posição a tomar no futuro, sobre o que se decide e o que se garante no próximo dia 4 de Outubro», acentuou, lembrando que nos últimos cinco anos os governos do PS e do PSD/CDS «atacaram a autonomia do Poder Local, cortaram cem milhões de euros às autarquias do distrito de Setúbal, afectaram a organização interna das autarquias, impediram a contratação de trabalhadores e atacaram profundamente os seus direitos e condições de trabalho».
O candidato criticou ainda «os cortes nos salários e nas pensões, o congelamento das progressões das carreiras, o aumento dos descontos para a ADSE, os cortes nas horas extraordinárias, a eliminação de dias feriados e de férias, a instabilidade e incerteza no trabalho».
Unidade e luta
Francisco Lopes sublinhou também que o Governo PSD/CDS tentou, «contra a corrente da história, passar o horário de trabalho das 35 para as 40 horas» na Administração Pública. «Ainda não desistiram de o impor» e o PS pretende fazê-lo pela via da adaptabilidade dos horários. «Por oposição das autarquias CDU, neste distrito de Setúbal continuam a vigorar as 35 horas de trabalho», lembrou, valorizando a «unidade e luta dos trabalhadores», assim como o «papel dos sindicatos» neste processo.
Tudo isto, referiu o primeiro candidato da Coligação PCP-PEV, «dá-nos um sinal não apenas em relação às 35 horas, mas em todas as matérias». «Eles [PS, PSD e CDS] bem podem decidir comprometer os direitos e o futuro do País, que os trabalhadores e o povo têm força suficiente, com a sua luta e o seu voto, para travar esses desígnios e apontar uma perspectiva de progresso social».
Neste sentido, concluiu, o voto na CDU «não é só necessário para penalizar aquilo que fizeram os partidos da troika e a política de direita do PS, PSD e CDS», mas uma «forma de prevenir o futuro».
Na linha da frente
Também Jerónimo de Sousa apelou ao voto na CDU, que corresponde «à luta, aos anseios, aspirações e reivindicações» dos trabalhadores e do povo. «Vocês podem dar o voto àqueles que são responsáveis pela ofensiva e que se preparam para continuar a mesma política?», interrogou, frisando que o PCP e o PEV, que formam a CDU, estiveram «sempre na linha da frente, ao vosso lado, com a participação solidária nas vossas acções, mas também na Assembleia da República», apresentando «iniciativas para travar a ofensiva, denunciando, combatendo, respeitando sempre o voto que deram à Coligação PCP-PEV».
Contacto permanente
Francisco Lopes, cabeça de lista da Coligação PCP-PEV ao círculo eleitoral de Setúbal, Frederico Pereira e Nuno Martins, igualmente candidatos, contactaram, no dia 15, com os trabalhadores da EMEF, no Barreiro. A iniciativa permitiu, uma vez mais, conhecer as dificuldades com que vivem os trabalhadores e as consequências da política de direita, que nos últimos anos tem afundado o País.
No mesmo dia, os candidatos Paula Santos, Susana Silva e Frederico Pereira, acompanhados por Carlos Humberto, Sofia Martins e Sónia Lobo, respectivamente, presidente, vice-presidente e vereadora na Câmara do Barreiro, visitaram a Irmandade da Santa Casa da Misericórdia.
Paula Santos participou ainda, no dia 9, em Setúbal, num debate sobre o Serviço Nacional de Saúde.