A um mês das eleições legislativas, as soluções para o País apresentadas pela coligação PCP-PEV estarão em destaque na Festa do Avante!, nos espaços das organizações regionais, onde todos os anos convivem a cultura, a gastronomia e as lutas de um povo. A marcha nacional de 6 de Junho, que trouxe a Lisboa 100 mil pessoas numa impressionante manifestação de determinação e confiança na possibilidade de construir um País mais justo e soberano, terá também uma forte presença.

Dos Açores chegam deliciosas iguarias e as propostas dos comunistas em defesa da autonomia, do desenvolvimento e do progresso do arquipélago, enquanto que no Alentejo, onde se enquadram as organizações regionais de Beja, Évora, Litoral Alentejano e Portalegre, estarão as melhores tradições, sons e sabores daquela região. A exposição política destacará as propostas do PCP para a região e o 40.º aniversário da Reforma Agrária, e será também homenageada a declaração do Cante Alentejano como Património Cultural Imaterial da Humanidade.

Do Algarve vem a luta contra as portagens na Via do Infante, a exploração no sector da hotelaria e as demolições na Ria Formosa. A doçaria e o marisco, claro, também marcam presença. No espaço de Aveiro, para além das lutas dos trabalhadores e do povo e das propostas do PCP, haverá uma alusão às casas típicas da Costa Nova. Decorado com motivos tradicionais, o espaço de Braga traz à Festa a riqueza da gastronomia e da cultura populares, e a intensa luta que os trabalhadores e as populações travaram no distrito.

Bragança evidenciará as potencialidades de uma região desaproveitada e empobrecida, tal como sucede, aliás, nos distritos de Castelo Branco e Guarda (que uma vez mais partilham o mesmo pavilhão), onde são visíveis o desemprego, a emigração e o despovoamento. Nestes dois espaços, como no de Viseu, serão sublinhadas as propostas do PCP e da CDU para o desenvolvimento regional.

O País na Festa

No espaço de Coimbra será destacada a forma constante e determinada como o PCP e a CDU se têm feito ouvir na defesa das populações e dos trabalhadores do distrito, enquanto o de Leiria dará relevo à luta dos trabalhadores do distrito (nomeadamente do sector vidreiro, da agricultura e das pescas) e à evocação dos 65 anos do assassinato de José Moreira pela PIDE e da fuga de Peniche de Janeiro de 1960. O espaço de Lisboa conta com os habituais locais de animação – Feira da Ladra, Pavilhão do Coleccionador, Sai-Sempre e Café Concerto – e com uma variada oferta gastronómica. «Na força do povo, o futuro do País!» é o mote para os elementos decorativos, que evocam a defesa dos sectores estratégicos e da produção nacional.

Para lá da rica gastronomia e da afirmação das propostas do Partido e da CDU, o espaço da Madeira lembra, na exposição política, «A Propaganda Independentista e o Terrorismo no Arquipélago da Madeira após o 25 de Abril de 1974». Já o Porto destaca as soluções do PCP para o distrito e para o País, sob o lema «Um projecto para um distrito do Porto com futuro».

Santarém afirmará a existência de alternativas à política de direita protagonizada por PS, PSD e CDS, que agravaram o desemprego e a pobreza e fragilizaram o aparelho produtivo da região e do País. No espaço de Setúbal é sublinhada a importância da produção nacional e de uma aposta forte nas pescas, na agricultura e na indústria, como o PCP propõe no seu Programa Eleitoral. Este é o tema da exposição, da decoração e de um dos debates.

O encerramento dos estaleiros navais, as portagens nas SCUT, a elevada emigração e a defesa do vinho verde serão algumas das questões em destaque no espaço de Viana do Castelo, onde se afirmará a política alternativa que a CDU apresenta. Em Vila Real, são destacadas as riquezas de uma região onde são bem patentes o desemprego, a emigração, o despovoamento e o encerramento de serviços públicos.

Há lugar para todos

As mulheres, as crianças, os emigrantes e os imigrantes também têm os seus espaços próprios na Festa, onde as suas aspirações têm um destaque especial. O Pavilhão da Mulher dá destaque às propostas da CDU visando uma efectiva igualdade na lei e na vida, caminho só possível de encetar com uma política patriótica e de esquerda. O Pavilhão da Emigração é o local de reencontro dos portugueses que se encontram espalhados pelo mundo e destes com os que cá vivem. No Pavilhão dos Imigrantes os sons, ritmos e sabores de África, do Brasil e do Leste da Europa convivem com as propostas do PCP para melhorar a vida dos que escolheram o nosso País para viver e trabalhar. No Espaço Criança, assegurado pela Associação Os Pioneiros de Portugal, a alegria tem encontro marcado com a aspiração a um futuro melhor.