Concursos e mentiras

Avaliando os anúncios de abertura de concursos para selecção de pessoal não docente, divulgados nas últimas semanas, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais concluiu que «a sazonalidade e a precariedade continuam a marcar as relações de trabalho nos estabelecimentos de educação e ensino da rede pública».

«Numa autêntica manobra de propaganda eleitoral, o ministro da Educação veio anunciar o recrutamento de 2882 trabalhadores não docentes», mas «este número não corresponde nem a metade das faltas de pessoal », afirma-se numa nota de imprensa da FNSTFPS. A estrutura sectorial da CGTP-IN lembra ainda que o ministro «informou que os contratos a celebrar após este recrutamento teriam a duração de um ano, eventualmente prorrogáveis», mas tal «é redondamente falso», pois «verifica-se agora, pelos anúncios publicados, que os contratos têm a duração do ano lectivo, ou seja, nove meses», o que significa «agravamento da sazonalidade».

A insuficiência do número de trabalhadores a contratar é igualmente provada com o facto de serem publicados anúncios para contratos à hora, mantendo a precariedade.

 



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