Pelo fim do bloqueio
Numa moção aprovada por unanimidade, o município de Palmela salienta que o levantamento do bloqueio a Cuba é «fundamental para o reforço da sua independência» e o «desenvolvimento económico e bem-estar dos cidadãos cubanos».
O bloqueio tem produzido danos económicos e humanos irreparáveis
Depois de já ter aprovado, em Dezembro último, uma moção contra a manutenção do embargo promovido pelos EUA a Cuba e de ter subscrito o apelo internacional ao presidente norte-americano dinamizado pelo Comité de Libertação dos Cinco, a Câmara Municipal de Palmela voltou a exigir o fim do bloqueio a Cuba, numa moção aprovada por unanimidade numa reunião pública realizada dia 19.
No texto, recorda-se que Cuba e os EUA reabriram missões diplomáticas permanentes, em Washington e Havana, a 20 de Julho, «concretizando um passo importante no restabelecimento das relações entre os dois países», que, ao formalizarem a decisão, «se comprometeram a desenvolver relações de respeito e cooperação entre os dois povos e governos, com base nos princípios consagrados na Carta das Nações Unidas e do Direito Internacional».
Advertindo que o «restabelecimento das relações diplomáticas» irá passar «por um longo e complexo processo de normalização das relações bilaterais, nos mais diversos domínios», o documento sublinha que não haverá uma normalização «enquanto se mantiver o bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos a Cuba».
«O bloqueio, decretado em 1960 e sucessivamente agravado», tem produzido «danos económicos e humanos irreparáveis, causando grandes dificuldades no quotidiano do povo cubano e condicionando o desenvolvimento económico do país», salienta-se no documento.
Tendo em conta que o bloqueio dos Estados Unidos a Cuba se mantém vigente depois do restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países, a Câmara Municipal de Palmela exige o seu levantamento, «como passo fundamental para o reforço da sua independência e desenvolvimento económico e bem-estar dos cidadãos cubanos» e remete a moção às embaixadas de ambos os países em Portugal, bem como ao Presidente da República e aos grupos parlamentares da Assembleia da República.