pelo círculo eleitoral do Porto
Soluções concretas
Mais de duas centenas de pessoas encheram o Café Concerto do Rivoli para assistir à sessão pública da CDU, onde, com a participação do Secretário-geral do PCP, foi apresentado o primeiro candidato do distrito do Porto às próximas eleições legislativas.
Os deputados do PCP e do PEV honram a palavra dada
Jorge Machado encabeça a lista de candidatos a umas eleições que «podem ser um momento significativo de reforço da CDU», como ele próprio afirmou na sua intervenção, depois de saudar – para além do Partido Ecologista «Os Verdes» e a Intervenção Democrática – os muitos independentes que têm apoiado ou manifestado o seu reconhecimento pela validade da candidatura, como o arquitecto Siza Vieira ou o artista plástico Armando Alves.
Para o candidato, a CDU enfrentará as eleições «de cabeça erguida», uma vez que «não deu um mês, uma semana ou um dia sequer de tréguas à política de direita». Em relação ao trabalho efectuado, Jorge Machado caracterizou a Coligação PCP-PEV como «a verdadeira oposição a este Governo de desgraça nacional», que respeita e cumpre os seus «compromissos para com o povo e os trabalhadores», desempenho demonstrado na presença constante dos seus eleitos nas grandes e pequenas lutas, com o seu «apoio, intervenção e solidariedade», bem como na proximidade permanente aos problemas concretos da população, e a consequente e igualmente abundante intervenção para apresentação e proposta de «soluções concretas para o distrito».
Dois caminhos
Jerónimo de Sousa valorizou, de igual forma, o facto de os deputados do PCP e do PEV terem estado sempre ao lado «dos que enfrentam o desemprego, o trabalho precário, os baixos salários, os que têm baixas pensões de reforma e rendimentos, os que não têm acesso aos serviços de saúde, à educação e à segurança social».
Na sua intervenção, o Secretário-geral do PCP referiu ainda que nas próximas eleições legislativas «o que está em jogo é a escolha entre dois caminhos»: por um lado a insistência no «velho e ruinoso trajecto da política de direita, percorrido pelos sucessivos governos do PS, PSD e CDS», ou, por outro, «abrir passagem para um caminho novo, para uma política patriótica e de esquerda, com a força do povo, com a CDU, com a convergência dos democratas e patriotas», assegurando assim «um Portugal desenvolvido, solidário, de justiça e de progresso».
Referindo-se à grave situação do País, qualificou de cinismo as constantes afirmações do Governo de que «salvaguardou os rendimentos dos mais desprotegidos», mas, acrescentou Jerónimo de Sousa, «cada vez que a boca lhes foge para a mentira, são imediatamente desmentidos pela realidade», exemplificando com os recentes dados do desemprego, que demonstram a existência de cada vez mais desempregados com menores subsídios ou sem qualquer tipo de prestação social, e também os dramáticos números da imigração forçada, que contrariam a muito repetida mentira de que «o País está a dar a volta».
Relativamente ao programa apresentado pelo PS, o Secretário-geral do PCP deu a conhecer que o documento tem inscrita a «intenção de facilitar ainda mais os despedimentos em geral, mas também o congelamento dos salários da administração pública». É por isso, considerou, que «não basta mudar de governo. É preciso mudar também de política».
Jerónimo de Sousa manifestou-se confiante de que «é possível continuar a avançar e fazer da CDU a grande força capaz de contribuir e protagonizar a viragem da situação nacional a que cada vez mais portugueses aspiram».