Na sequência da sua visita aos Açores, e procurando dar respostas às preocupações que lhes foram levantadas pelos pescadores e suas organizações, os deputados do PCP no Parlamento Europeu (PE) apresentaram, no dia 27, 12 perguntas escritas à Comissão Europeia sobre a pesca nos Açores.

Questões como as quotas de Goraz, Alfonsim e Atum, atrasos nas transferências de financiamentos ou alargamento das áreas de acesso exclusivo das regiões ultraperiféricas (RU) são algumas das questões levantadas.

Produção de ananás

No dia 15, Miguel Viegas, deputado do PCP no PE, perguntou à CE se «está disponível para actualizar os apoios à produção de ananás» e «quais os apoios à produção de abacaxi em outras RU, designadamente nos territórios ultramarinos franceses».

Na pergunta, o deputado comunista lembra que a produção de ananás leva em média dois anos, sendo realizada por 250 produtores. «Tendo em conta a dupla insularidade que caracteriza a Região, que encarece de forma significativa os custos de produção, a produção de ananás carece de apoios por forma a resistir à concorrência do abacaxi, fruto de inferior qualidade, importado sobretudo da América do Sul a preços muito inferiores», lê-se no documento. O texto informa a CE que «os preços pagos à produção estão demasiado baixos, variando entre 1,5 euros e 1,50 euros por quilo» e que «o apoio à manutenção das estufas representa cerca de 6,25 euros por metro quadrado», carecendo, igualmente, de actualização.