Europeus cortam na alimentação
Metade dos cidadãos de países europeus reconhece não ter uma dieta variada por razões económicas, segundo indica um estudo realizado pelo instituto italiano de sondagens SWG.
O inquérito abrangeu mais de duas mil pessoas em Itália, Alemanha, França e Reino Unido, concluindo que o peixe, a carne de bovino e de porco são alguns dos alimentos que já estão ausentes na alimentação de muitas pessoas.
«Esta carência não se deve unicamente a escolhas pessoais ou gostos, mas é sobretudo imposta por razões económicas», afirmou o presidente do SWG, Maurizio Pessato, citado, dia 10, pela agência espanhola Europa Press.
Segundo a sondagem, as reduções mais drásticas no consumo de carne verificaram-se em França e Itália.
Em França houve uma redução de 62 por cento do consumo de vitela e de 68 por cento de carne de vaca. Em Itália, a redução foi, respectivamente de 79 e 78 por cento.
Nas respostas, os inquiridos reconheceram que desde o começo da crise alteraram a sua dieta, preterindo os alimentos mais caros a favor dos mais baratos.
O acesso a alimentos é visto hoje como um problema real do quotidiano, refere a sondagem, revelando que a Itália é o país onde esta percepção está mais generalizada, com 84 por cento dos entrevistados a responderem positivamente.