Presidente checo lembra papel libertador da URSS

O presidente da República Checa, Milos Zemen, realçou, dia 29 de Março, o papel libertador do Exército Vermelho e da União Soviética em 1945, e a sua acção decisiva para a derrota da Alemanha nazi.

Intervindo na rádio F1, de Praga, Zemen frisou que «em 1945, os soldados soviéticos entraram na Checoslováquia como verdadeiros libertadores, e logo no Outono do mesmo ano deixaram o nosso país», onde no ano seguinte se realizaram eleições legislativas.

«Quem afirma o contrário, desconhece os factos elementares da história», disse o chefe de Estado, em resposta às deturpações surgidas na imprensa, pretendendo que a Checoslováquia não foi libertada, mas ocupada pelos soviéticos.

Zemen anunciou que vai estar presente nas comemorações do 70.º aniversário da capitulação da Alemanha, no próximo dia 9 de Maio, em Moscovo, para prestar homenagem à memória dos 150 mil soldados soviéticos que perderam as suas vidas durante a libertação da Checoslováquia.

«A minha viagem a Moscovo é uma expressão de gratidão pelo facto de hoje na República Checa não termos de falar alemão e gritar “Heil Hitler!” ou “Heil Heydrich!”», salientou Zemen, lembrando que foi precisamente Reinhard Heydrich, então governador nazi dos territórios ocupados da Boémia e Morávia, quem, em Setembro de 1941, no Castelo de Praga (residência dos reis e presidentes), afirmou que «não havia lugar para os checos neste território».

Milos Zemen, citado pela agência russa Novosti, declarou ainda que sem a União Soviética não se poderia ter derrotado Hitler, e os 20 milhões de cidadãos da URSS que morreram durante a guerra foram o preço dessa vitória.




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