Deflação e desemprego
A taxa de inflação na zona euro continuou em terreno negativo, no mês de Março, com o índice de preços a baixar 0,1 por cento, depois de uma queda de 0,3 por cento no mês anterior.
Segundo dados do Eurostat, divulgados dia 31, trata-se do quarto mês consecutivo de inflação negativa nos países da moeda única.
Por outro lado, o índice de preços ao consumidor mantém-se abaixo de um por cento há ano e meio e não alcança os dois por cento, objectivo do Banco Central Europeu, desde há 26 meses.
Ao mesmo tempo que aumenta a ameaça da deflação, o nível de desemprego traduz a profundidade da crise económica e social.
Afectando cerca de um quarto da população activa na Grécia ou em Espanha, onde mais de metade dos jovens não encontram trabalho, a taxa de desemprego no conjunto da zona euro eleva-se a 11,3 por cento.
Todavia as disparidades entre países são enormes, variando entre os cinco por cento na Alemanha ou na Áustria até aos 26 por cento na Grécia ou 23,2 por cento em Espanha.
As subidas mais fortes do desemprego foram observadas na Croácia (de 17,3% para 18,5%), no Chipre (de 15,6% para 16,3 por cento) e na Finlândia (de 8,4% para 9,1%).
Actualmente, 18,2 milhões de pessoas estão desempregadas na zona euro.