Travar as privatizações
O PCP condenou a decisão tomada pelo Conselho de Ministros no dia 25 de Fevereiro de lançar o concurso público para a subconcessão da Carris e do Metropolitano de Lisboa através de um comunicado do seu Gabinete de Imprensa emitido nesse mesmo dia. Nessa nota, o Partido denuncia aqueles que são os «verdadeiros objectivos de mais esta Parceria Público Privada»: promover a transferência de rendas para o grande capital através da «mercantilização dos transportes públicos». Isto ao mesmo tempo que se reduz a oferta de serviços e se aumenta os custos para os utentes.
O PCP acusa ainda o Governo de se justificar, uma vez mais e de forma mentirosa, com os regulamentos comunitários que imporiam esta mercantilização. Mas é a própria proposta de lei aprovada pelo Conselho de Ministros na semana passada a reconhecer que os estados-membros da UE «podem tomar a opção de contratualizar directamente com as empresas públicas a prestação dos transportes públicos», acrescenta o Partido.
Acusando ainda o Governo de estar a «acelerar a implementação de medidas estruturantes no sector dos transportes, de forma unilateral e em oposição frontal às opiniões expressas pela esmagadora maioria das entidades envolvidas», por se encontrar em fase terminal do seu mandato, o PCP apela aos trabalhadores e aos utentes para que intensifiquem a luta contra a privatização do Metro e da Carris. Nesta luta, acrescenta, poderão contar «com a total e activa solidariedade do PCP e dos seus eleitos na Assembleia da República, no Parlamento Europeu e nas autarquias». Com esta luta, confia, é possível derrotar esta «nova tentativa de privatização» destas duas importantes empresas.