e a realidade no distrito de Aveiro
Artimanha para despedir
Desacordo e revolta perante o que é visto como uma promoção de despedimentos e desmantelamento do serviço público de segurança social foi o que os deputados do PCP encontraram na reunião com estruturas representativas dos trabalhadores e com trabalhadores da Segurança Social abrangidos pelo processo da dita «requalificação». Trata-se de trabalhadores que cumprem importantes tarefas nos serviços do Instituto da Segurança Social, muitos há vários anos e até décadas, assegurando o apoio fundamental aos cidadãos no âmbito da protecção social.
E o que os parlamentares comunistas confirmaram foi que estes trabalhadores desempenham funções permanentes e fazem falta aos serviços, como confirmado foi que estão a ser substituídos por trabalhadores sem direitos, o que do seu ponto de vista traduz o propósito de levar a cabo um verdadeiro processo de reconfiguração do papel do Estado. Também a utilização dos ditos «Contratos Emprego Inserção» para substituir trabalhadores enviados para a «requalificação», no entender do PCP, é demonstrativa da «natureza permanente das funções que desempenham e de como estas são essenciais ao funcionamento da Segurança Social enquanto serviço público».
Subjacente a estas medidas, como concluem as Jornadas, está a intenção do Governo de «destruir uma resposta pública para entregar cada vez mais funções e dinheiros ao sector privado». Exemplo disso é o envio que está na calha de todos os trabalhadores do arquivo/micro filmagem do Centro Distrital da Segurança Social de Aveiro para a «requalificação».
«O caminho, mais cedo ou mais tarde, será entregar este importante serviço a uma empresa privada comprometendo o sigilo e segurança do arquivo das carreiras contributivas dos trabalhadores do distrito de Aveiro», alerta o PCP.