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A maioria PSD/CDS e o PS inviabilizaram dia 15 o projecto de resolução do PCP sobre a renegociação da dívida, a libertação do País do euro e o controlo público da banca. O debate está porém lançado e seguirá inexoravelmente o seu caminho. Assim o exige o futuro do País.
Não ignorando as dificuldades que a sua proposta encerra, sobretudo as que decorrem dos «obstáculos e resistências desesperadas daqueles poucos cujas fortunas têm beneficiado» das crescentes dívida pública (134 por cento do PIB) e dívida externa líquida (123,7 por cento), da submissão ao euro e da banca privada, o PCP entende que a questão chave para o presente e o futuro do País é a da «insustentabilidade da actual situação e da necessidade de libertar o País destes constrangimentos».
A primeira grande componente a executar deve ser assim a da renegociação da dívida, sem prejuízo da aplicação das medidas específicas presentes em cada uma das três componentes da proposta, sempre susceptíveis de aplicação individual ou de forma entrosada.
Quanto à libertação do País do euro, «salvo precipitação imposta por circunstâncias ou poderes europeu», como é dito no projecto de resolução, poderá vir a constituir-se num «processo mais moroso», exigindo a «activação e o desenvolvimento de todos os mecanismos nacionais» com vista a preparar essa nova realidade.
A recuperação do controlo público da banca, que pode ocorrer a «diferentes ritmos», em articulação com o processo de renegociação da dívida e de libertação do País do euro, assume por seu lado o «valor próprio da colocação da poupança, dos recursos e da actividade financeira» ao serviço do povo e do País.
O PCP acusou PSD e CDS-PP de terem impedido na comissão de inquérito aos programas relativos à aquisição de equipamentos militares a descoberta da verdade e apresentado um relatório «pré-fabricado», destituído de «qualquer credibilidade ou seriedade».