CDU é diferente
No dia 13 de Setembro realizou-se, em Estarreja, um Encontro Regional de Aveiro de Eleitos e Activistas da CDU, onde se fez uma avaliação da situação do Poder Local no distrito, bem como da acção e intervenção da Coligação e dos seus eleitos nos diversos concelhos, com vista a uma melhor coordenação e reforço do seu papel em defesa das populações e promoção dos seus direitos e da sua participação na vida democrática.
«Não se tendo alterado então significativamente o quadro político na generalidade das autarquias da região, é justo, no entanto, sublinhar e valorizar o importante reforço eleitoral das posições da CDU, no seu conjunto, concretizado no aumento de 25 para 36 mandatos directos, conquistados naquele acto eleitoral, a par de mais um na Junta de Freguesia da Mealhada e um eleito na Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, o que, conferindo novas responsabilidades, proporcionou, em simultâneo, melhores condições e perspectivas de trabalho no futuro imediato», refere a Declaração Política do Encontro.
Política de regressão
Neste documento fala-se ainda da «difícil situação dos órgãos de Poder Local no distrito de Aveiro», face à «política recessiva do Governo, na linha dos anteriores, com o esbulho de 1300 milhões de euros das transferências devidas para as autarquias nos últimos quatro anos», da «implementação e reforço de competências das denominadas “entidades intermunicipais”, instituições cada vez mais dotadas de poderes e meios, mas vazias de mecanismos de legitimação e controlo democráticos dos mesmos», da «contra-reforma administrativa, que, com a conivência dos autarcas de PSD, PS e CDS, liquidou no distrito dezenas de freguesias», do «ataque do Governo aos serviços públicos», do «encerramento de escolas», da «progressiva municipalização da Educação» e da «desvalorização de imensas valências hospitalares e serviços públicos de saúde, com prejuízos para as populações no acesso aos cuidados de médicos e de enfermagem, num processo que será ainda mais acelerado pela portaria 82/2014».
No Encontro, os eleitos e activistas da CDU abordam de igual forma a política de desmantelamento e privatização dos transportes públicos no distrito de Aveiro, que acarreta graves consequências para as populações, aumentando custos e reduzindo a oferta. «Esta política penaliza os utentes e os trabalhadores e favorece os grandes grupos económicos», acusa-se na Declaração, sem esquecer «a introdução de portagens nas antigas SCUT – feita com a cumplicidade de várias autarquias – que veio penalizar fortemente os trabalhadores e as pequenas e micro empresas, contribuindo uma vez mais para a asfixia social e económica do distrito». Além disso, acrescenta-se, «esta política leva a que haja menos segurança rodoviária, já que o tráfego é deslocado para o núcleo urbano e se provoque mais poluição».
Entre muitas outras questões, destaca-se ainda, pela negativa, o «ataque generalizado aos funcionários públicos, concretamente com o aumento do horário de trabalho de 35 para 40 horas semanais» e os «vários casos de despedimentos, quer por via da extinção de empresas municipais, quer simplesmente por redimensionamento de serviços».
Medidas a curto prazo
No Encontro foram ainda tomadas medidas com vista a alargar e a melhorar, a curto prazo, a intervenção dos eleitos da CDU, propondo-se, por exemplo, «prosseguir a luta contra a “reforma administrativa” e a extinção de freguesias», «defender e valorizar os serviços públicos», «combater todas as formas e processos de privatização em curso, nomeadamente em matéria de saneamento, abastecimento de água, recolha e tratamento de lixo, bem como da rede de transportes públicos» e «dar particular atenção às próximas eleições do dia 28 de Setembro para a Assembleia de Freguesia da UNião de Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande».