Resistir é vencer

Empenhado em erguer a resistência e a luta dos trabalhadores contra a exploração e o empobrecimento, o PCP esforça-se para criar e reforçar as células de empresa e com elas a sua ligação aos problemas e aspirações concretos dos trabalhadores lá onde se dá o confronto de classes.

No Spacio Shopping dos Olivais, a célula do Partido denuncia uma vez mais, no seu boletim, o «comportamento escandaloso do patronato» contra os trabalhadores, em particular aqueles que mais se destacam na defesa dos direitos. Porém, os patrões nem sempre conseguem os seus objectivos, esbarrando na determinação e na unidade dos trabalhadores. Foi precisamente o que sucedeu recentemente, com a decisão judicial favorável à dirigente sindical da loja Pingo Doce daquele centro comercial, a quem tinha sido instaurado um processo disciplinar pelo exercício da sua actividade sindical. O tribunal decidiu pela restituição à trabalhadora do que era seu de direito: três dias de salário e de antiguidade e a limpeza do seu cadastro. Assim se prova, afirma-se no boletim de célula, que «é através da unidade e força na luta que é possível derrotar a falta de carácter, a imensa demagogia e a prepotência do patronato».

No Centro Hospitalar Lisboa Norte, a célula do Partido solidarizou-se com os trabalhadores que denunciaram, em protesto público, a «insustentável carência de profissionais» existente nos diversos hospitais do CHLN. Esta situação leva a que muitos profissionais sejam obrigados a fazer turnos consecutivamente e não vejam garantidos direitos básicos como o gozo de feriados, férias, horário de amamentação ou estatuto de trabalhador-estudante. Tudo para, como sempre têm feito, prestar os melhores cuidados aos utentes. A juntar a isto, acusa o Partido, há relatos de ameaças de despedimento, recurso à «mobilidade interna» e alteração da escala de horários para tentar vergar os que protestam. No boletim, o PCP apela aos trabalhadores para que, «junto dos seus sindicatos, continuem a lutar por um Serviço Nacional de Saúde universal e de excelência».

Num comunicado dirigido aos trabalhadores dos centros de contacto da PT, o PCP reafirma que «as férias são um direito» inalienável. Contudo, acusa, nesses locais de trabalho as restrições são mais que muitas: «conseguir mais do que dois ou três dias seguidos é quase um milagre», afirma o Partido, acrescentando mesmo que os trabalhadores de algumas campanhas foram mesmo impedidos de, durante os meses de Verão, gozar mais do que cinco dias. Em Dezembro está praticamente estabelecida a proibição de gozar férias.

O PCP lembra, nesse comunicado, que as férias «não têm que depender da boa vontade de ninguém ou de critérios desconhecidos e que os trabalhadores não podem ser sujeitos a nenhuma forma de pressão no sentido de limitar este direito, como outros». O Partido defende ainda que os trabalhadores dos centros de contacto, que na prática trabalham para a PT, tenham os mesmos direitos do que os trabalhadores da «empresa-mãe», consagrados no Acordo Colectivo de Trabalho.




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