O fundador da rede WikiLeaks, Julian Assange, anunciou, na segunda-feira, 18, que está «preparado» para abandonar a embaixada do Equador em Londres onde se encontra refugiado há mais de dois anos.

Numa conferência de imprensa em que esteve presente o chefe da diplomacia equatoriana, Ricardo Patiño, o fundador do WikiLeaks não especificou de que forma vai abandonar a embaixada ou se vai entregar-se às autoridades do Reino Unido, por motivos de saúde, tal como noticiou, no mesmo dia, a estação de televisão britânica, Sky News.

«Vou sair da embaixada em breve, mas talvez não seja pelas razões que indicam os meios de comunicação de [Rupert] Murdoch», disse Assange referindo-se à Sky News, sem fazer mais comentários.

«É preciso pôr um fim a esta situação. Dois anos é muito tempo. Já está na altura de libertar Julian Assange», indicou o ministro dos Negócios Estrangeiros do Equador, considerando que a liberdade de expressão e o direito à denúncia devem ser respeitados.

O membro do governo do Equador recordou que o país mantém asilo político concedido a Assange. «Vamos continuar a oferecer protecção. Continuaremos dispostos a falar com os governantes britânicos e suecos com vista a uma solução a esta séria violação dos direitos humanos contra Julian Assange»,

O governo do Equador manifestou ainda apoio ao lançamento de uma campanha internacional de solidariedade com Assange, cuja extradição é exigida pela Suécia, por acusações de violência sexual, e pelos Estados Unidos, que o perseguem devido à publicação de milhares de documentos secretos relacionados, nomeadamente, com as guerras do Iraque e do Afeganistão.