Não ao encerramento de escolas
A intenção de encerrar 311 escolas, 49 das quais no distrito de Aveiro, é expressão do «ódio» do Governo pelas «mais elementares conquistas de Abril», afirma a Direcção da Organização Regional de Aveiro do PCP numa nota.
À argumentação falaciosa do Governo, que invoca as vantagens da socialização para alunos em escolas com poucos matriculados, o PCP responde com uma série de «factos incontornáveis»: há várias escolas na lista de encerramento com mais de 21 alunos matriculados; há escolas que há vários anos não aceitam inscrições, num processo que visou conduzir ao seu despovoamento e fecho; para cumprirem o número mínimo de estudantes por turma imposto pelo Governo (26), algumas escolas vão juntar alunos de diferentes anos de escolaridade, o que desmonta a «argumentação pedagógica» do Ministério; o encerramento de escolas do 1.º ciclo implica, em muitos casos, o fecho de jardins de infância; a decisão de encerramento é muitas vezes tomada contra o parecer de pais, trabalhadores, juntas de freguesia e municípios.
Os comunistas, que destacam o facto de a política de encerramento de escolas não ser uma originalidade da dupla PSD/CDS-PP, mas um prolongamento do rumo iniciado pelo PS, expressam a sua solidariedade às populações afectadas pela medida e fazem um apelo à continuidade da luta no distrito, dando sequência às acções já ocorridas em Espinho, Ovar, Arouca, Anadia e Estarreja.