Uma enorme multidão deu corpo, no sábado, 21, em Londres, à manifestação contra as políticas anti-sociais, convocada pela Assembleia Popular Contra a Austeridade.

O desfile, no qual segundo o jornal The Guardian participaram cerca de 50 mil pessoas, decorreu no centro da capital britânica, entre a sede da BBC e a praça do parlamento, junto ao palácio de Westminster, onde intervieram vários representantes da plataforma.

A Assembleia Popular foi criada em Fevereiro de 2013, tendo entre os seus primeiros subscritores Tony Benn, deputado trabalhista entre 1950 e 2001, falecido em Março último, o jornalista John Pilger e o realizador de cinema Ken Loach.

A frente anti-austeridade tem hoje o apoio de um vasto conjunto de sindicatos, organizações sociais e personalidades da vida política, artística e cultural.

Entre os oradores, Len McCluskey, secretário-geral do sindicato Unite, defendeu a realização de uma greve geral, salientando que «usaremos todos os instrumentos de que dispomos».

Por seu turno, a secretária-geral do Sindicato Nacional dos Professores (NUT), Christine Blower, apelou à greve no sector público já marcada para 10 de Julho, na qual também participam, entre outros, os sindicatos Unison (serviços públicos), PCS (função pública) e RMT (transportes).

Os promotores da marcha anunciam novo protesto massivo para o próximo Outono, unindo os sindicatos e os trabalhadores em geral contra as políticas do governo de conservadores e liberais. «Em breve alcançaremos uma dimensão e uma influência que nem a BBC nem este governo da austeridade poderão ignorar-nos», disse Sam Fairbairn, secretário nacional da Assembleia Popular.