PCP quer manter Transtejo e Soflusa públicas

Privatização em marcha

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Num co­mu­ni­cado emi­tido no dia 12, o Exe­cu­tivo da Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Se­túbal do PCP re­a­firma a opo­sição dos co­mu­nistas à pri­va­ti­zação da So­flusa e da Trans­tejo, «im­por­tantes em­presas de trans­portes pú­blicos do País, es­tra­té­gicas para o fun­ci­o­na­mento do sis­tema global de trans­portes na Área Me­tro­po­li­tana de Lisboa». O PCP con­si­dera que a pri­va­ti­zação destas em­presas, anun­ciada já pelo Go­verno, co­loca ques­tões quanto aos di­reitos dos tra­ba­lha­dores, dos utentes e das po­pu­la­ções, ao acesso aos trans­portes pú­blicos e à mo­bi­li­dade na re­gião.

Ga­ran­tindo que o pro­cesso de con­sulta pú­blica aos pri­vados cons­titui «mais um passo» vi­sando a pri­va­ti­zação destas em­presas, o PCP acres­centa estar em marcha «mais uma enorme ope­ração de es­bulho do pa­tri­mónio e fi­nanças pú­blicas de­se­nhada à me­dida e de­sejo do grande ca­pital», a quem tem vindo a ser en­tregue o es­tra­té­gico sector dos trans­portes. E acusa o Go­verno de nor­tear as suas op­ções po­lí­ticas não pela ne­ces­si­dade de re­so­lução dos pro­blemas com que o País se con­fronta, mas sim pela «sa­tis­fação dos in­te­resses do grande ca­pital».

Aos ar­gu­mentos do Go­verno, que afirma pre­tender pro­mover a efi­ci­ência na pres­tação do ser­viço pú­blico de trans­porte de pas­sa­geiros, re­du­zindo custos e as­se­gu­rando o cum­pri­mento das obri­ga­ções de ser­viço pú­blicos, o PCP res­ponde que «os utentes e as po­pu­la­ções da Pe­nín­sula de Se­túbal bem co­nhecem os re­sul­tados destas pri­va­ti­za­ções»: nos casos da Ro­do­viária Na­ci­onal e da en­trega à Fer­tagus da linha do Sul, elas re­sul­taram em menos oferta de trans­porte e no au­mento dos preços pagos pelos utentes.

Lem­brando ainda que o Go­verno tomou a de­cisão de ini­ciar a pri­va­ti­zação das duas em­presas de trans­porte flu­vial sem qual­quer con­sulta ou au­dição às au­tar­quias lo­cais, o PCP re­corda ainda as con­sequên­cias ne­ga­tivas das op­ções e me­didas que su­ces­sivos go­vernos do PS, PSD e CDS as­su­miram em ma­téria de trans­portes pú­blicos: re­dução da oferta, cortes de car­reiras e ser­viços, au­mento dos tempos de es­pera, agra­va­mento brutal dos preços, li­mi­ta­ções à uti­li­zação do passe so­cial in­ter­modal e ten­ta­tivas para o ex­tin­guir, re­dução das ve­lo­ci­dades de cir­cu­lação, im­pli­cando a so­bre­lo­tação, etc. Por via destas po­lí­ticas, entre 1991 e 2011, a uti­li­zação do trans­porte pú­blico passou de 51 para 28 por cento.

O PCP faz ainda saber, no co­mu­ni­cado, que «fará tudo o que está ao seu al­cance – nas em­presas, nas ruas, nas ins­ti­tui­ções – para im­pedir a pri­va­ti­zação das em­presas pú­blicas de trans­portes», ape­lando aos tra­ba­lha­dores, aos utentes e às po­pu­la­ções para que ma­ni­festem o seu des­con­ten­ta­mento face a estas me­didas.




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