Desde há largos anos que o PCP tem definido e concretizado linhas de acção visando o seu reforço político, ideológico e organizativo e o aumento da sua influência social e de massas. Que este esforço tem dado frutos mostram-no a crescente dimensão das acções de massas promovidas em nome próprio pelo Partido e os resultados positivos que a CDU tem vindo a alcançar de eleição para eleição.

Mas esta é uma tarefa sempre inacabada. Tanto pela própria dialéctica da vida e da luta como pelo facto de o reforço do Partido nunca estar concluído: é sempre possível ir mais longe; é sempre essencial fazê-lo. No XIX Congresso, realizado no final de 2012, foram definidas novas prioridades e metas, que a reunião do Comité Central de Dezembro de 2013 aprofundou e sistematizou na resolução «Mais organização, mais intervenção, maior influência – Um PCP mais forte». Das orientações aí plasmadas emergem com especial premência o recrutamento de novos militantes e a acção de contacto com os membros do Partido visando a elevação da militância, a actualização de dados e a entrega do novo cartão. Se, por si só, nada ficará resolvido com o cumprimento destas duas linhas de acção, é inegável que elas são essenciais para criar as condições propícias a um reforço real e consolidado da organização e da influência do PCP.

A sua concretização, já em marcha, representa um imenso labor quotidiano – muito embora praticamente «invisível» do exterior – de milhares de militantes do Partido, que levam a cabo inúmeras conversas com amigos e camaradas, procurando conhecer as suas disponibilidades e possibilidades, propondo-lhes tarefas concretas, inserindo-os em organizações e organismos, discutindo com eles as formas de pagamento de quotização e o seu valor, alargando o número de leitores da imprensa do Partido. Ao mesmo tempo que levam por diante aquelas que são as tarefas de sempre dos militantes comunistas: na constante construção e funcionamento da organização partidária como também na intervenção nos sindicatos, autarquias ou associações.

Casos concretos

Na freguesia de Gonçalo, no concelho da Guarda, a acção de contacto com os membros do Partido foi concluída no mês de Abril. Trata-se da segunda maior organização partidária do concelho e de uma das maiores do distrito. A conclusão desta acção permitiu já aos comunistas da Guarda avançarem para a criação de um organismo de reformados na freguesia, com a totalidade dos militantes contactados a aceitar integrar essa nova estrutura.

As conversas realizadas levaram ainda a que todos os membros do Partido da freguesia pagassem a sua quota, tendo alguns deles, inclusivamente, aumentado o seu valor. Quanto ao Avante!, a ideia é que passe a chegar com regularidade aos militantes de Gonçalo. Mas para que estas decisões sejam efectivamente cumpridas, é necessário que os militantes da freguesia permaneçam organizados e activos e que, ao nível concelhio, sejam tomadas as medidas necessárias para recolher a quotização e fazer chegar o Avante! àquele local do concelho.

O contacto com os militantes da freguesia de Gonçalo permitiu ainda recrutar um jovem para o Partido que, juntamente com outro que aceitou ser abordado pela JCP, teve uma participação activa na campanha da CDU para o Parlamento Europeu.

No que respeita ao recrutamento, há notícias promissoras no distrito de Castelo Branco, onde já se recrutou até Abril deste ano mais militantes do que em todo o ano passado. Pelo significado que assume, destaca-se o recrutamento de cinco trabalhadores de dois municípios, três dos quais activistas sindicais do STAL. A iniciativa destas novas adesões ao Partido surgiu da acção de um dirigente sindical comunista.

Estes cinco novos militantes permitirão, se forem – como certamente serão – tomadas as medidas orgânicas necessárias, criar células em dois municípios do Sul do distrito, enraizando o Partido onde ele é mais necessário: junto dos trabalhadores.