Na maioria das empresas de transporte rodoviário de passageiros, as administrações estão a impor o «tempo de disponibilidade», seguindo as orientações da associação patronal Antrop.

Esta medida, assente na falsa ideia de que nesses intervalos de «disponibilidade» o trabalhador não estaria comprometido a responder a necessidades do serviço, representa afinal um aumento do horário de trabalho, sem acréscimo de remuneração. Isto significa uma redução de salário para a maioria dos trabalhadores, como já se nota nos boletins de vencimento, protestou a Fectrans, acusando o patronato de pretender arrecadar assim mais uns milhões, a juntar aos que já ganhou com a redução do valor do trabalho extraordinário.

Contra esta prática das empresas, pela melhoria dos salários e em defesa da contratação colectiva, as organizações sindicais do sector convocaram concentrações para hoje, dia 12, em Lisboa (às 10h30, na Praça Luís de Camões) e no Porto (às 14h40, no Campo Alegre, junto à sede da Antrop).