Compressão salarial estagna economia

Salários para crescer

Milhares de funcionários franceses manifestaram-se, dia 15, em mais de cem cidades, pelo aumento dos salários, congelados desde 2010, e a reposição do poder de compra.

Sindicatos franceses unidos contra austeridade

A jornada de luta foi organizada pelas principais centrais sindicais (CGT, CFDT, CFTC, CGT, FA-FP, FSU, Solidaires e UNSA), após a adopção pelo governo presidido por François Hollande de um novo pacote de cortes na despesa no montante de 50 mil milhões de euros.

As medidas de austeridade atingem, em particular, os rendimentos dos 5,5 milhões de funcionários públicos, cujos salários permanecerão congelados até 2017, caso a situação económica não melhorar substancialmente.

Os sindicatos defendem uma política de crescimento, notando que, para isso, é preciso aumentar os salários, tanto no sector público, como no privado.

Por outro lado, recordando o não cumprimento das promessas eleitorais de Hollande, reclamam a criação de emprego na função pública, de modo a permitir «responder às necessidades da população», como frisou o líder da CGT, Thierry Leapon.

Nas acções realizadas em 110 cidades, participaram enfermeiros, professores, bombeiros, polícias, médicos e muitos outros trabalhadores da administração pública.

Além de Paris, onde decorreu a maior manifestação, os funcionários públicos desfilaram em grande número pelas ruas de Marselha, Nice, Nantes, Lille, Bordéus, Toulouse, Lyon, Estrasburgo ou Orleães.

Economia estagnada

Este vigoroso protesto contra a austeridade coincidiu com a publicação dos dados do Eurostat, confirmando a estagnação da economia francesa, que registou um crescimento nulo no primeiro trimestre do ano.

Este resultado veio dar razão aos sindicatos que se mostram desiludidos com Hollande por não ter rompido com as políticas de contenção salarial, impostas pelo seu antecessor Nicolas Sarkozy, e estimulado a criação de emprego.




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