Ferroviários em greve
No dia 8 de Maio «muitos postos de trabalho da EMEF, CP Carga, Refer e CP estiveram encerrados e foram muitos os comboios de mercadorias e de passageiros suprimidos», devido à greve dos ferroviários. Na saudação que publicou esta segunda-feira, dia 12, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário reafirmou a opção de luta, protesto e propostas alternativas, «em defesa dos salários da contratação colectiva, dos direitos e de um país soberano, com políticas ao serviço das pessoas», perante «um enorme ataque que está a ser feito a quem trabalha».
A greve de dia 8, «na qual fomos acompanhados por imensos ferroviários, que foram ao confronto nos locais de trabalho, enfrentando o Governo e as administrações», faz parte de «uma luta com sentido e que afirma que há outra via», salientou o SNTSF.
Entre as razões que levaram à convocação da greve, o sindicato e a Fectrans/CGTP-IN apontaram: pôr fim à redução e ao congelamento dos salários, das reformas e das pensões; cumprir integralmente os Acordos de Empresa; garantir os postos de trabalho; cumprir de imediato o direito às concessões de transporte para todos os ferroviários e famílias; defender a Refer como empresa pública e contestar a decisão da sua fusão com a Estradas de Portugal; pôr fim ao processo de liquidação e pulverização do sector ferroviário nacional e assegurar um serviço ferroviário público, de qualidade e seguro, que corresponda às necessidades do País e dos portugueses.
Numa nota publicada ao fim da tarde de dia 8, a Fectrans informou que a greve teve uma adesão superior a 95 por cento na EMEF, que paralisou os principais locais de trabalho da empresa de manutenção; teve adesão bastante elevada na CP Carga, que reduziu a actividade aos chamados serviços mínimos; teve uma adesão elevada nos sectores das infra-estruturas da Refer e em muitas estações; foram suprimidas centenas de comboios de passageiros e mercadorias; dezenas de bilheteiras estiveram encerradas. A federação afirmou que ocorreu substituição de trabalhadores em greve, por outros de categoria superior.