Firmeza nas negociações
Na REN, a negociação do ACT avança muito lentamente, segundo revela a Fiequimetal numa notícia divulgada no seu portal. Se é verdade que se verificaram alguns avanços, nomeadamente ao nível das carreiras e tabelas salariais, por outro lado a comissão negociadora sindical (CNS), liderada pela Fiequimetal, considera que a empresa «defende posições pouco admissíveis» no que diz respeito ao regime de disponibilidade ou aos turnos, continuando «em aberto todas as questões fundamentais», sem acordo.
Em relação à Petrogal, a Fiequimetal informa que, nas negociações para o ACT, o período de conciliação terminou sem ter havido entendimento, pelo que a estrutura sindical sugeriu à administração da empresa que o processo «fosse submetido a mediação», de acordo com o previsto na Lei, mas que tal proposta foi recusada. Em causa está o congelamento dos salários nominais há três anos – e a consequente diminuição dos salários reais, com o aumento de impostos e dos preços dos bens de primeira necessidade –, numa empresa que «apresenta centenas de milhões de euros de lucros» e em que os administradores e altos dirigentes recebem «remunerações do outro mundo». Em face da urgência do aumento dos salários, os trabalhadores vão reunir-se em plenários e as negociações vão prosseguir.
Na EDP, a Fiequimetal informa que se chegou a acordo em vários pontos na 33.ª reunião de negociações do ACT e sublinha que tal só foi possível depois de a empresa «ter atendido à exigência de não impor na negociação as matérias gravosas do Código de Trabalho». Assim, a CNS/Fiequimetal pretende continuar a negociar com firmeza, por forma a que os direitos dos trabalhadores possam ser «defendidos e melhorados».
Continua a não haver acordo nas negociações entre os trabalhadores e a Parmalat, apesar de os primeiros estarem dispostos a aceitar a proposta de actualização salarial avançada pela empresa. Contudo, os trabalhadores não aceitam a criação de escalas de reforço e exigem que a administração assine um acordo que deixe em aberto essa questão até 2015, segundo referiu um dirigente do SITE Sul à Lusa.
Uma delegação do CESP composta pelo seu presidente e vários delegados sindicais na FNAC reuniu-se com representantes da empresa para abordar diversas questões que afectam os trabalhadores, tais como: organização e duração dos horários de trabalho; majoração de três dias de férias; dois dias descanso consecutivos por semana; colocação de assentos nos balcões; actualização dos salários e subsídio de refeição. O CESP propôs à empresa que a reunião sobre «os problemas e condições de trabalho» passasse a ter carácter regular; a empresa mostrou-se disposta a dialogar, segundo revela a estrutura sindical.