Firmes na luta
As minas da Panasqueira estiveram paradas, nos dias 3 e 4, devido aos níveis muito elevados de adesão (acima de 90 por cento) à greve de 48 horas na Sojitz Beralt Tin & Wolfram, contra a alteração dos horários de trabalho e por melhores salários. Para amanhã, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira, da Fiequimetal/CGTP-IN, convocou um plenário, onde serão analisados os resultados de uma reunião com a administração, marcada para hoje.
A greve na HPEM iniciou-se anteontem com adesão total, tanto na recolha de lixo, como nos serviços administrativos, revelou o STAL, que considera a participação na luta como uma clara demonstração do descontentamento que gerou a atitude do presidente da Câmara Municipal de Sintra, ao não garantir as condições da cedência destes trabalhadores para os SMAS. A greve prossegue até amanhã, dia 11, estando prevista uma concentração de trabalhadores nos Paços do Concelho.
No dia 3, quinta-feira, trabalhadores das três unidades da Amarsul manifestaram-se nas ruas de Setúbal, contestando a privatização da Empresa Geral do Fomento (grupo do universo da Águas de Portugal, que detém as participações maioritárias em onze concessionárias do sector de resíduos sólidos). Durante esta acção, decidiram realizar greve nos dias 30 de Abril e 2 de Maio. A par da exigência do cumprimento do Acordo de Empresa e da garantir dos postos de trabalho e dos direitos, os trabalhadores e os sindicatos da CGTP-IN na empresa (SITE Sul e STAL) querem salvaguardar o serviço público. Contaram com a solidariedade de Rui Garcia, presidente da CM da Moita e da Associação de Municípios da Região de Setúbal, e de Pedro Pina, vereador da CM de Setúbal.
No dia 4, sexta-feira, representantes dos trabalhadores não docentes das escolas concentraram-se no Ministério da Educação e permaneceram durante várias horas no interior das instalações, exigindo a negociação do caderno reivindicativo e manifestando-se em defesa da escola pública. Artur Sequeira, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, da CGTP-IN, disse aos jornalistas que novas acções vão ser decididas a breve prazo.
Com adesão superior a 90 por cento, estiveram em greve, no dia 2, quarta-feira, os trabalhadores da Transportes Sul do Tejo, rejeitando os tempos de «disponibilidade» que implicariam trabalho gratuito.