Levar a luta ao voto e o voto à luta
Pelo esclarecimento e elevação das consciências que proporciona, pela confiança que induz, pelas contradições que gera e pela ruptura que provoca, a luta de massas é o instrumento mais poderoso e de extraordinária eficácia que os trabalhadores e o povo têm na luta que travam em defesa dos seus direitos por reivindicações imediatas, pela política patriótica e de esquerda e a democracia avançada, contra a exploração capitalista e por um país desenvolvido e justo.
A CDU usará cada voto como uma alavanca para a luta
A sociedade nova livre, solidária, liberta da exploração do homem pelo homem e, por isso mesmo, verdadeiramente democrática por que lutamos, o socialismo, terá de resultar assim, da força e da determinação da luta de massas. E, em primeiro lugar, da luta travada no local onde o confronto da luta de classes é mais forte, na empresa e local de trabalho. A luta de massas atingiu patamares muito altos em 2013 e os primeiros meses de 2014 indicam já de forma clara que as formas luta dos trabalhadores e do povo vão continuar em níveis muito elevados.
O Comité Central do Partido, na sua última reunião, referiu-se à luta desta forma: «o Comité Central do PCP sublinha o papel e o valor da luta que, em condições muito difíceis e num quadro desfavorável da correlação de forças, tem provado poder ser capaz não apenas resistir como alcançar resultados e avanços.» É neste contexto que devemos enquadrar as eleições para o Parlamento Europeu marcadas para o próximo dia 25 de Maio. Transformá-las numa grande jornada de luta, cuja preparação, dinamização e mobilização deve ser feita desde já na pré-campanha e campanha eleitorais, é tarefa de todas as organizações e militantes do Partido. Um bom resultado eleitoral da CDU no dia 25 de Maio é uma grande contribuição para a dinamização da luta que vai continuar.
Os trabalhadores, os agricultores, os reformados, os micro, pequenos e médios empresários e todos aqueles que de alguma forma se sentem lesados pela política de direita, têm no dia 25 de Maio uma arma muito importante para usar, o voto. Que podem usar mal, contra si e os seus interesses, votando nos partidos da política de direita, responsáveis pela situação a que o País chegou. Mas que podem e devem usar bem, respondendo positivamente ao apelo transformado em instrumento de campanha, feito no entusiasta, combativo e confiante Congresso da JCP: «leva a luta até ao voto», assim se chama.
Espaço de unidade e convergência
Levar a luta até ao voto é dar mais força à luta que vai ter de continuar pela derrota do governo e pela alternativa patriótica e de esquerda. É votar CDU, espaço de convergência e unidade democráticas onde participaram nas ultimas eleições autárquicas, além do PCP e do PEV, 12 mil independentes. É a única candidatura que dá garantias de, tanto nas instituições nacionais como no Parlamento Europeu, defender os interesses dos trabalhadores e o povo, devolvendo-lhes aquilo que lhes tem vindo a ser roubado.
A única que não vê no aumento dos salários e das pensões um inimigo do País mas sim um aliado. Que usando os sectores estratégicos da economia – na posse do Estado – como motor fundamental, tem como objectivo concretizar um plano de desenvolvimento económico nacional, com Portugal a produzir riqueza e a sua justa distribuição, procedendo à industrialização do País e à criação de muitos milhares de postos de trabalho, potenciando assim a maior riqueza do País, os seus trabalhadores.
Mas é também a única candidatura que está em condições de garantir que usará cada voto como alavanca para dar mais força à luta que vai ter de continuar a seguir às eleições. E por isso é tão importante ter em conta as orientações do Comité central e das quais se destaca a seguinte: «O Comité Central do PCP apela a todas as organizações, a todos os militantes, a todos os candidatos e activistas da CDU para erguerem uma campanha de esclarecimento capaz de mobilizar para o voto na CDU todos quantos, atingidos pela política do actual Governo, reconhecem no PCP e nos seus aliados a força mais decisiva e determinante para a defesa dos seus interesses e direitos.»
O contacto directo com cada militante e simpatizante, com cada eleitor e cada democrata para dar o seu voto à CDU é o caminho certo a seguir. Indo por aqui, sem dúvida que em 25 de Maio vamos ter uma grande jornada de luta dos trabalhadores portugueses e do seu Partido.