Revitalizar a memória
Para este Ano Internacional da Mulher, o Movimento Democrático de Mulheres (MDM) quer revitalizar a memória da luta das mulheres com a actualidade dos nossos dias, através de quatro questões fundamentais.
A primeira tem a ver com as questões sociais, que «afectam os direitos e a dignidade das mulheres» e que «são marca de um retrocesso evidente na condição social e política das mulheres». Para essa denúncia, combate e estímulo, estão a ser organizadas em Lisboa, Porto, Évora, Setúbal e Braga marchas, estafetas de rua pelo direito ao trabalho, pelo direito à saúde, à educação e ao ensino, contra as violências exercidas sobre a vida das mulheres e das raparigas. De forma ampla e criativa, o combate à violência doméstica e outras violências, como o tráfico de mulheres e a prostituição, serão tema de exposições em Évora, Aveiro e Madeira.
Também a solidariedade activa para com as mulheres do mundo estará em destaque. Entre outras, a centralidade será dada à questão do Sahara Ocidental. Em Almada, como noutros pontos do País, terá lugar uma sessão com uma dirigente da União das Mulheres Saharauis.
O MDM vai ainda homenagear as mulheres portuguesas que lutaram por Abril, contra o fascismo e pela liberdade. Neste quadro, estará patente na Baixa da Banheira (Moita) e em Grândola uma exposição de homenagem a Maria Lamas, que o MDM propôs que figurasse no Panteão Nacional.
Por último, o Movimento quer destacar os direitos das mulheres, a sua experiência, o desenvolvimento e a necessidade de reconhecer que as mulheres desejam trabalhar, criam riqueza com o seu trabalho e são indispensáveis ao desenvolvimento, o que estará presente nos discursos das dirigentes locais e centrais do MDM nas intervenções em múltiplos jantares e almoços em colectividades e em espectáculos como o de Faro, e em exposições em Viseu ou no Montijo.