Os agricultores e os amigos do mundo rural vão manifestar-se no dia 3 de Abril, em Lisboa, por «outras e melhores políticas agro-rurais». O protesto tem início às 14 horas no Príncipe Real e termina em frente à Assembleia da República.
«O Governo e as troikas cortam em tudo aquilo que os agricultores e o povo mais precisam para trabalhar e viver, mas aumentam-nos brutalmente os impostos», denuncia, em nota de imprensa, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) que reclama a «anulação das novas imposições fiscais do Governo sobre os pequenos e médios agricultores» e o «escoamento e melhoria dos preços à produção», nomeadamente da carne, leite, vinho, arroz, fruta, hortícolas, azeite, cereais e da madeira de rolaria.
A CNA exige, de igual forma, a «baixa de custo das contribuições mensais dos agricultores para a Segurança Social», a «baixa de custo de combustíveis, electricidade, rações, adubos, pesticidas e crédito bancário», o «pagamento, por parte do Ministério da Agricultura e do Governo, das dívidas à lavoura, com destaque para cerca de 10 milhões de euros em dívida aos produtores pecuários pelos serviços (2013) de sanidade animal», «mais apoios públicos para o combate às doenças e pragas da floresta, dos pomares, das vinhas e olivais», a «defesa da propriedade comunitária dos baldios» e o «aumento da produção agro-alimentar nacional com respeito pelo património dos agricultores, incluindo as sementes, e pelo acesso à água».
Os agricultores vão ainda manifestar-se «contra o encerramento – e pela reabertura – de serviços públicos», pelo «incremento dos mercados locais e dos produtos da agricultura familiar», «por mais investimento e melhores apoios públicos, com prioridade para as explorações familiares, no âmbito da Política Agriculta Comum e do novo Programa de Desenvolvimento Regional» e «em defesa da soberania alimentar».