Alerta antiterrorista na Ucrânia
Os serviços especiais da polícia ucraniana (SBU) accionaram, domingo, 9, o alerta antiterrorista, justificando a medida com informações sobre alegados planos para a realização de atentados contra centrais nucleares, infraestruturas e terminais de transportes, unidades de produção e condutas energéticas, e para o cerco de «locais do poder executivo» e paióis com «quantidades importantes de armas». De acordo com a Lusa, que cita um comunicado oficial, as autoridades afirmam que o objectivo é «garantir a segurança da população e impedir actividades criminosas com fins terroristas». Já segundo a Prensa Latina, as forças de segurança enviaram mesmo contingentes para pontos nevrálgicos em todo o país, em particular para aqueles que suspeitam que estejam ameaçados.
No documento não foram adiantados detalhes sobre quem protagoniza as pretensas tentativas de atentados, mas no contexto da crise ucraniana especula-se sobre o envolvimento de grupos violentos e organizações fascistas e neo-nazis que, para além das ocupações e batalhas campais promovidas nas últimas semanas no centro de Kiev, têm realizado acções de carácter antidemocrático, anticomunista, racista e xenófobo em dezenas de outras cidades e localidades da Ucrânia.
No passado dia 8, a polícia de Grebenka, província de Poltova, confirmou a destruição de mais uma estátua de Vladimir Lénine. Um dia antes, em Odessa, o monumento foi vandalizado com inscrições de teor nacionalista. Em Janeiro, pelo menos duas outras estátuas, em Fastov, e Mashevka, foram alvo de semelhantes actos de vandalismo, mas nesta última cidade a população e membros do Partido Comunista da Ucrânia reuniram fundos e restauraram o monumento.