Actividade de comunicação social

A deputada comunista Carla Cruz criticou o PS por querer impedir o Estado de poder ter qualquer actividade de comunicação social. «A questão não é a de saber se o Estado ou alguma entidade pública deve ou não deve, em certo momento, ter actividade de comunicação social. A questão é se pode ou não pode – e a resposta que o PS dá é proíbe-se!», afirmou na passada semana a parlamentar do PCP no debate de um diploma do PS que visava na prática impedir o acesso, a propriedade e o financiamento por parte do Estado (governos regionais e autarquias incluídos) a órgãos de comunicação, fora da esfera do serviço público de rádio e televisão.

Com este diploma, que entretanto baixou sem votação a pedido do seu autor à comissão para nova apreciação, a única ilação a tirar é que para o PS só o poder económico, o capital privado, pode deter órgãos de comunicação social e assegurar independência.

Foi o que disse Carla Cruz, que considerou esta concepção «extremamente perigosa», «além de não ser verdadeira», mas reveladora da forma como o PS desvaloriza o sector público em favor dos grandes grupos económicos.

«A falta de transparência, de pluralismo e de independência na comunicação social não se resolve proibindo as entidades públicas de ser detentoras de media», asseverou ainda a deputada do PCP, que reafirmou que a defesa da liberdade e da democracia exige uma comunicação social «pluralista, democrática e responsável», independente face ao poder económico, assegurada, a par de órgãos de informação privados (que cumpram aqueles desideratos), por um sector público de comunicação social, independente do Governo e dos partidos, «vinculado à garantia do pluralismo, da liberdade de expressão e confronto das diversas correntes de opinião».




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