António Costa derrotado na AML
No dia 16 de Janeiro, 10 das 18 assembleias municipais da Área Metropolitana de Lisboa (AML) recusaram a proposta de Comissão Executiva Metropolitana elaborada pelo PS de António Costa com o apoio do PSD e do movimento «Isaltino – Oeiras mais à frente».
Desta forma, foi derrotada a estratégia daqueles que, no processo de instalação dos órgãos da AML, afastaram a CDU da presidência do Conselho Metropolitano de forma ilegítima e antidemocrática, e impedido o «assalto» por António Costa e seus pares aos órgãos metropolitanos.
«Além de Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra, também a Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira, de maioria PS (onde Maria da Luz Rosinha, que encabeçava a lista, foi presidente de Câmara até há poucos meses), recusou a proposta, o que denota bem a dimensão do repúdio que este processo e a solução em concreto suscitam», refere uma nota do Gabinete de Imprensa do PCP onde se reafirma a «legitimidade», a «autoridade» e a «experiência» da CDU para «assumir e integrar as maiores responsabilidades nos órgãos metropolitanos».
«É incompreensível que, ao abrigo de uma lei iníqua, criada por Miguel Relvas, venha agora António Costa, através de expedientes antidemocráticos, tentar impor o seu projecto hegemónico que visa transformar a maioria de câmaras da CDU numa minoria e a minoria do PS numa maioria absoluta», acentua o PCP, numa nota subscrita pelos eleitos da CDU nas assembleias municipais da AML.