Contra o fecho das Finanças
O Governo tem na forja uma verdadeira vaga de encerramentos de repartições de finanças. Só no distrito de Vila Real pretende fechar onze das catorze existentes, em Coimbra oito, nove das doze em Bragança, e em Évora está destinada a mesma sorte para onze dos catorze serviços em funcionamento.
Estes são alguns exemplos que ilustram o que o Governo pretende fazer, segundo a deputada comunista Paula Baptista que os trouxe a lume em recente debate a propósito de uma petição onde perto de seis mil cidadãos solicitavam a manutenção do serviço local de finanças de Castelo de Paiva.
Solidária com os peticionários e o objecto da iniciativa, a parlamentar do PCP expressou a mais viva rejeição da sua bancada perante o que considerou ser «mais um golpe» contra os serviços públicos desferido por um Governo apostado em reduzir serviços de proximidade como centros de saúde, escolas, repartições das finanças ou tribunais.
Pondo em evidência o que está em causa com mais este fecho, caso se concretize, Paula Baptista sublinhou que significa para as populações de Castelo de Paiva «mais isolamento, menos qualidade de vida, mais desemprego e deslocações maiores». E lembrou que em muitos concelhos as populações ficarão entre 60 a 100 quilómetros afastadas da repartição de finanças da sede de distrito.