Milhares de pessoas manifestaram-se, dia 26, em Sófia e outras cidades da Bulgária para exigir a demissão do primeiro-ministro, Plamen Orecharski, e do seu governo apoiado pelos socialistas.

Na capital, realizaram-se duas concentrações simultâneas que depois se juntaram numa manifestação que passou pela sede governamental e terminou junto ao parlamento.

Além da demissão do executivo e de eleições antecipadas, os manifestantes exigiram a reforma do sistema político, o fim da corrupção, aumentos salariais de dez por cento e o respeito pelo direito a pensões de reforma.

Em Plovdiv, a segunda maior cidade do país, bem como em Varna e Bourgas, decorreram protestos semelhantes, sob o lema geral «Demissão no Natal», movimento espontâneo lançado através das redes sociais.

Recorde-se que os protestos contra o novo governo começaram em Junho, poucas semanas após as legislativas de Maio, na sequência da polémica nomeação do magnata da imprensa, Delian Peevski, para o cargo de presidente da Agência Estatal de Segurança Nacional (DANS).

Em Novembro passado, milhares de estudantes enfrentaram a polícia nas ruas de Sófia, numa acção que visava cercar o parlamento e impedir a saída dos deputados.

Um inquérito da empresa Gallup, publicado em Novembro, indicava que 70 por cento dos búlgaros estão pessimistas em relação ao futuro e que 50 por cento desejam a demissão do governo.