Privatizações no Chipre

O governo cipriota aprovou, dia 5, um vasto programa de privatizações de empresas públicas, de que se destacam a operadora de telecomunicações CYTA, a companhia de electricidade, devendo seguir-se a concessão da administração dos portos.

O objectivo declarado é garantir mil milhões de euros em meados de 2016 e mais 400 milhões de euros até 2018, destinados à redução da dívida pública.

Segundo o porta-voz do governo, Christos Stylianides, antes da privatização as empresas precisam de ser reestruturadas para se tornarem atractivas para potenciais investidores estrangeiros.

O anúncio provocou uma vaga de protestos dos trabalhadores das empresas visadas, que receiam ser despedidos, quando o desemprego já atinge os 17 por cento.

O AKEL manifestou a sua solidariedade aos trabalhadores em luta e alerta que as privatizações terão consequências extremamente negativas para a sociedade e economia do país, bem como para o erário público que perderá uma importante fonte de receitas.

Os comunistas cipriotas sublinham ainda que a venda das empresas públicas e a correspondente formação de monopólios conduzirá a aumentos significativos dos preços e à degradação do serviço.

«Em consequência, os cidadãos serão chamados mais uma vez a pagar os custos das privatizações, em benefício de multinacionais estrangeiras ou de interesses privados nacionais que estão ansiosos por deitar mãos ao património do Estado a preços irrisórios», salienta o AKEL em comunicado.

 



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