Contra a nova escravatura

O PCP acusa as autoridades portuguesas pelas situações de escravatura em que se encontram emigrantes lusos em França, no Luxemburgo ou em Espanha. Num comunicado do Organismo de Direcção Nacional do PCP em França (ODN), de dia 8, acusa-se as entidades portuguesas por conhecerem há longo tempo estas situações e nada fazerem para desmantelar as «autênticas máfias que se dedicam a fornecer ao patronato estrangeiro mão-de-obra portuguesa ao menor custo possível».

Esta posição surge depois de ter sido tornada pública mais uma «escandalosa situação de burla por parte de angariadores de mão-de-obra portuguesa», que os comunistas portugueses emigrantes em França consideram ser «autênticos esclavagistas do século XXI». O PCP realça, nomeadamente, o «embuste de promessas falsas» que leva a que os trabalhadores sejam obrigados a trabalhar «abaixo dos níveis salariais contratualizados, com horários ilegais e sem condições de alojamento ou de higiene».

O ODN salienta ainda que a União Europeia, «tão ciosa da aplicação das suas leis quando se trata de atacar os direitos laborais, não tenha a mesma agilidade quando se trata de defender direitos violados, em total desrespeito pela legislação europeia».

Manifestando a sua solidariedade aos trabalhadores atingidos por todas estas novas formas de escravatura, o PCP garante que confrontará o Governo com esta situação, nomeadamente questionando-o acerca das medidas que prevê (se prevê) implementar para combater «patrões e angariadores sem escrúpulos que lucram à custa do trabalho escravo de milhares de emigrantes». 




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