Polícia evacua TV pública grega

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Depois de quase cinco meses de ocupação dos edifícios centrais da rede pública de radiotelevisão da Grécia (ERT), a polícia de choque invadiu as instalações, na madrugada de dia 7, forçando os trabalhadores em luta a abandoná-las.

A acção foi qualificada pelo presidente da estrutura sindical da empresa, Panaiotis Kalfaianis, como «ilegal» e própria de um «Governo fascista».

Apesar de despejados, os trabalhadores anunciaram que continuarão a resistir ao encerramento da TV pública e mantiveram as emissões através da Internet.

Todos os partidos da oposição criticaram a operação, considerando-a «ilegal» e «inconstitucional», e apoiaram a moção de censura ao governo, apresentada pelo líder do Syriza, Alexis Tsipras.

Milhares de pessoas concentraram-se frente à sede da ERT em Atenas, em sinal de solidariedade com os trabalhadores e de condenação do governo.

Recorde-se que o encerramento da ERT foi ordenado por decreto governamental, em 11 de Junho, sem auscultação do parlamento.

O governo de Antonis Samaras manteve a decisão mau grado a imensa vaga de contestação popular e uma decisão do Conselho de Estado, a mais alta jurisdição administrativa da Grécia, determinando o reinício imediato das emissões. O conflito levou à saída do partido Dimar da coligação governamental.

Desde então, centenas de trabalhadores da empresa, que contava com 2600 efectivos, mantiveram no ar um programa de informação, retransmitido por outras estações, nomeadamente pela 902 TV, televisão local do Partido Comunista da Grécia, que desde a primeira hora difundiu as emissões em directo da ERT através das frequências analógica e digital.



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