Depois da destruição no ano passado de dezenas de milhares de postos de trabalho, de que são exemplos a PSA Peugeot Citroën, com 11 mil despedimentos, ou o encerramento dos altos fornos da Arcelor Mittal em Florange, a vaga de reestruturações e encerramentos continua a lançar no desemprego milhares trabalhadores em França.

A Air France anunciou no início do mês a extinção de mais 2800 postos de trabalho, que se somam aos cinco mil reduzidos em 2012, no âmbito do chamado plano Transform 2015.

Já este ano, a Goodyear France decidiu encerrar a fábrica de pneus de Amiens, onde laboram perto de 1200 pessoas.

A falência em Junho da cadeia de lojas Virgin deixou sem emprego cerca de um milhar de trabalhadores.

Também este mês, o grupo de equipamentos de telecomunicações, Alcatel-Lucent, anunciou um plano que prevê a extinção de dez mil postos de trabalho em todo o mundo, dos quais 900 em França, onde serão encerradas cinco unidades.

Na Michelin, mais de 700 trabalhadores perderão o emprego até ao final do próximo ano, em consequência do fim da produção de pneumáticos para camiões na fábrica de Joué-les-Tours (Indre-et-Loire). O fabricante alega uma queda da procura na Europa.

Na IBM foi anunciada uma redução de perto de 700 postos de trabalho até final do ano, num universo de 9700 trabalhadores em França.

Por sua vez, a transportadora marítima SNCM prevê extinguir 500, num total de 2600, invocando prejuízos que se elevaram a 14 milhões de euros em 2012.

Em dificuldades está igualmente o grupo francês de electrodomésticos, Darty, que pretende suprimir 450 empregos. O grupo emprega 11 500 trabalhadores em França.

Em Julho, o grupo japonês Canon apresentou um plano de reestruturação das suas unidades, que implica o despedimento de 450 das 2600 pessoas que empregava em França.