Contra a exploração e o empobrecimento

Pontes por Abril

A CGTP-IN apela à participação na jornada de luta convocada para sábado, dia 19 de Outubro, em Lisboa e no Porto, com duas manifestações que atravessam as pontes 25 de Abril e do Infante.

A luta continua com redobrada confiança após a derrota eleitoral do Governo

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As marchas que partem da Praça da Portagem – Almada rumo a Alcântara, e da Serra do Pilar – Vila Nova de Gaia em direcção à Avenida dos Aliados, respectivamente, são de protesto contra a política de exploração e empobrecimento que tem sido seguida, e, simultaneamente, de reivindicação do aumento dos salários e das pensões – em particular do Salário Mínimo Nacional –, por mais e melhor emprego e contra a precariedade, pelo reforço da protecção social, em defesa da contratação colectiva e das funções sociais do Estadol, sublinhou Arménio Carlos em conferência de imprensa realizada segunda-feira, 30, após a reunião da Comissão Executiva da Central.

Para o secretário-geral da CGTP-IN, a iniciativa intitulada Pontes por Abril assume acrescida importância porque ocorre quatro dias depois da data limite para a entrega da proposta de Orçamento do Estado para 2014, na qual «se perspectivam novos e brutais ataques» contra os trabalhadores dos sectores público e privado, os jovens, os desempregados e os reformados, e porque sucede ao «cartão vermelho» mostrado nas urnas ao Governo PSD/CDS.

As manifestações de 19 de Outubro são momentos altos da intensa actividade desenvolvida pela estrutura sindical durante o mês de Outubro, na qual se incluem a realização de centenas de plenários e acções de esclarecimento no dia 1 de Outubro, data do 43.º aniversário da CGTP-IN, e protestos variados, no dia 5 de Outubro, contra a o roubo do feriado e a redução do pagamento do trabalho extraordinário e em dia feriado. Recorde-se que sobre esta última matéria, o Tribunal Constitucional emitiu, a 20 de Setembro, um parecer favorável ao que sempre foi defendido pela CGTP-IN.

Governo sem futuro

No encontro com a comunicação social, Arménio Carlos divulgou também a apreciação da CGTP-IN aos resultados das eleições autárquicas, salientando «a forma construtiva como [os trabalhadores e outras camadas populares] souberam levar a luta até ao voto».

«Os resultados correspondem a uma enormíssima derrota do Governo PSD/CDS», «confirmam o clima de descontentamento e indignação» e expressam um claro sinal de protesto contra «uma política que despede os pais, nega o emprego aos filhos e reduz o valor das pensões de reforma aos avós», considerou ainda o secretário-geral da CGTP-IN.

«Condenação de uma política que acentua as desigualdades e o empobrecimento generalizado da população e do País» acompanhada por «um sinal claro da necessidade de uma enormíssima mudança (…) capaz de ajudar a criar as condições para uma política alternativa, de esquerda e soberana», acrescentou.

O primeiro-ministro não tem legitimidade nem base social de apoio para continuar, insistiu Arménio Carlos, que, nesse sentido, lembrou que depois do povo se ter pronunciado, só falta o Presidente da República agir. «E agir é demitir o Governo e chamar o povo a votar», disse.

Os resultados eleitorais de 29 de Setembro «redobram a confiança daqueles que nunca aceitaram as inevitabilidades» e «acreditam que só com uma grande intervenção, só na unidade de acção (…) alcançamos as soluções que ambicionamos, desejamos e merecemos», concluiu o dirigente sindical.




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