LUSA

Cen­tenas de pen­si­o­nistas e apo­sen­tados da Ad­mi­nis­tração Pú­blica con­cen­traram-se, no dia 25, na Praça do Rossio, em Lisboa, mar­chando em se­guida para o Mi­nis­tério das Fi­nanças. A acção vi­sava pro­testar contra o corte nas pen­sões de­ci­dido pelo Go­verno. Pre­sente na jor­nada, a co­or­de­na­dora da Frente Comum dos Sin­di­catos da Ad­mi­nis­tração Pú­blica, Ana Avoila, acusou o Go­verno de mentir quando fala da «con­ver­gência» de pen­sões, pois uma parte con­si­de­rável dos tra­ba­lha­dores do sector pri­vado tem pen­sões e sa­lá­rios iguais ou su­pe­ri­ores aos dos tra­ba­lha­dores da Ad­mi­nis­tração Pú­blica. Já a afir­mação de que evitar um se­gundo «res­gate» fi­nan­ceiro ao País de­pende da apro­vação desta me­dida é pura chan­tagem, ga­rantiu a di­ri­gente sin­dical.

Ana Avoila re­alçou ainda que esta pro­posta do Go­verno tem vá­rias in­cons­ti­tu­ci­o­na­li­dades, no­me­a­da­mente a re­tro­ac­ti­vi­dade, pelo que a Frente Comum vai so­li­citar ao Pre­si­dente da Re­pú­blica o envio desta le­gis­lação para o Tri­bunal Cons­ti­tu­ci­onal. Também os par­tidos com as­sento par­la­mentar serão con­vi­dados pela es­tru­tura sin­dical a so­li­citar a fis­ca­li­zação su­ces­siva do di­ploma.