A Associação de Lavoura de Aveiro (ALDA) e os agricultores/produtores pecuários estão «profundamente preocupados» com a continuação da proibição de corte de matos no perímetro florestal de Ovar.

«Após várias reuniões com as entidades competentes, tomadas de posição e envio de ofícios alertando para esta situação, não existe resposta concreta por parte de quem tutela esta área. A única certeza que temos é que a actual situação não poderá persistir por muito mais tempo», refere, em nota de imprensa, a ALDA, lembrando que o corte de matos «é uma prática ancestral na região, dela resultando camas para os animais e composto que permite diminuir o recurso a adubos de síntese, que provocam desequilíbrios e acumulação de nitratos nos lençóis freáticos e nos solos, tal como consta nas normas europeias».

Por outro lado, adianta ainda a Associação, «num período estival, onde o ciclo do fogo tem levado a um empobrecimento do País, à perda de vidas e custos incomportáveis, a limpeza de matos é uma prática preventiva, com efeitos práticos comprovados, permitindo melhor combate aos incêndios e limitando a sua velocidade de propagação, acção preventiva que os agricultores prestam gratuitamente à sociedade».