CDU defende mobilidade
Servir a mobilidade dos munícipes, esbatendo distâncias
No documento, divulgado no dia 21 de Agosto, a CDU dá conta de que «mesmo nos percursos curtos», como, por exemplo, entre a cidade e Creixomil, «há um claro desfasamento entre o que devia ser um caso de transportes públicos de passageiros ao serviço das populações» e «um serviço público gerido pela lógica meramente capitalista do lucro máximo e do custo mínimo».
«Um serviço público de transportes digno desse nome tem de servir a mobilidade dos munícipes, esbatendo distâncias entre o centro e a periferia, aproximando as populações, vencendo distâncias para que todos se sintam com oportunidades iguais de acesso a bens, serviços e equipamentos, que, por racionalidade económica, estão concentrados no centro geográfico que é a sede do concelho», acusa a Coligação.
Promessa eleitoral
O ano de 2012, em que Guimarães foi Capital Europeia da Cultura, é exemplo do que se denuncia, quando muitos vimaranenses ficaram à margem do que lhes foi proporcionado, e continuarão a ficar nessa situação se a Câmara Municipal persistir no erro económico de conceder a privados o que nunca devia ter deixado de estar sob a sua responsabilidade directa.
«A fresca conversão do PS a um verdadeiro serviço público de transportes, gerido pela autarquia, é um passo no sentido certo se for mais do que promessa eleitoral, rapidamente esquecida depois das eleições», adverte a CDU, que alerta para a necessidade de a Câmara «denunciar atempadamente o contrato de concessão dos TUG a privados».
«O PS, na companhia do PSD e do CDS, uniram votos negativos inviabilizando o que agora, muitos anos depois, quando já não é possível esconder o fracasso e os efeitos perniciosos da gestão privada na mobilidade dos cidadãos e na coesão territorial, dá uma cambalhota política, confirmando involuntariamente que também nesta matéria a razão estava e está do lado da CDU», acrescenta a Coligação.
Gestão participativa
A CDU reclama, de igual forma, uma política transparente de atribuição de subsídios às associações, colectividades e clubes do concelho. Tal será possível através de delegação de competências da Câmara Municipal para as freguesias, fixadas em contratos-programa específicos.«Numa lógica de descentralização de competências e delegações de poderes e na convicção de que quem está mais perto das populações e dos problemas reúne melhores condições para bem os resolver, a CDU entende que a atribuição de subsídios tem de ser feita de modo transparente através de documento público que vincule e envolva todas as partes».