Enfermeiros e utentes<br>pela Saúde

Em defesa do Serviço Nacional de Saúde, realizou-se anteontem à tarde, frente ao Hospital Garcia de Orta, em Almada, uma vigília convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e à qual se associaram outros profissionais do sector, bem como o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, a União dos Sindicatos de Setúbal, a Comissão de Utentes de Saúde de Almada, Seixal e Sesimbra, e o vice-presidente da Câmara Municipal de Almada.


A recente falta de vacinas, as faltas recorrentes de material (luvas, ligaduras, pensos específicos) e o despedimentos de centenas de enfermeiros nos centros de saúde foram apontados pelos promotores do protesto, como factos que vieram recentemente somar-se às dificuldades que Ministério da Saúde e o Governo têm criado recorrentemente no SNS – como se referia no folheto a apelar à participação.

No Funchal, dia 12, cerca de quatro dezenas de enfermeiros concentraram-se frente à Secretaria Regional dos Assuntos Sociais, protestando contra a diferenciação salarial de 400 profissionais do serviço de saúde da região. «Mais uma vez, os enfermeiros em contrato individual de trabalho a exercer funções no Serviço de Saúde da Madeira exigem a rápida actualização salarial», explicou à Lusa um dirigente do Sindicato dos Enfermeiros da RA Madeira. Juan Carvalho, que também é membro do Conselho Nacional da CGTP-IN, disse que os enfermeiros em regime de contrato individual de trabalho, admitidos desde 2003, estão a receber 1.020 euros, o que representa menos 180 euros do que os profissionais na carreira especial de Enfermagem, nos hospitais EPE.
«Hoje estamos aqui em luta pelas nossas condições de trabalho, pela actualização salarial dos enfermeiros a contrato individual de trabalho e pelas 35 horas de trabalho semanais, mas estamos aqui também pelos utentes, em defesa da qualidade e da segurança dos serviços públicos de saúde», realçou o dirigente.




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