EDP em greve
Com «boa adesão, reconhecida até pela própria empresa», prossegue até amanhã a greve iniciada dia 10 na EDP Distribuição. A Fiequimetal/CGTP-IN informou na segunda-feira que, em plenário, os trabalhadores aprovaram novo período de paralisação, entre 3 e 30 de Setembro. O plenário, realizado no dia 14, valorizou ainda mais a resposta dos trabalhadores, pelo facto de a greve ocorrer em altura de férias.
A luta tem por objectivo exigir que seja cumprido o Acordo Colectivo de Trabalho, em vigor, e que a EDP não reduza o pagamento do trabalho suplementar, à boleia da revisão do Código do Trabalho.
No dia 19, a Fiequimetal apresentou à administração da EDP Distribuição o novo pré-aviso de greve. As greves abrangem os trabalhadores que estão nos regimes de turnos, folgas rotativas e disponibilidade, e horário normal e disponibilidade, integrados em direcções (serviços, secções, departamentos) que asseguram a reparação de avarias. A greve visa também recusar outras tentativas de atingir direitos consagrados e repudiar atitudes de discriminação de grevistas e processos de intimidação.
Num comunicado, a apelar à greve, o Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas destacou o contraste entre os muitos milhões que a EDP dá aos accionistas e aos administradores e, por outro lado, os cortes na remuneração dos trabalhadores: menos 50 por cento no pagamento do trabalho extraordinário, menos 75 por cento no trabalho extraordinário prestado em dias feriados, e retirada do descanso compensatório após prestação de trabalho extraordinário.