Romper com esta política!

Exigência e clamor nacional em Belém

Com o País a viver uma grave crise social, económica e política, nunca como agora foi tão forte a exigência e a necessidade de demitir o Governo, convocar eleições e dissolver a Assembleia da República.

Vive-se situação insustentável em termos económicos e sociais

Esta a posição de fundo assumida pelo PCP e transmitida pelo seu Secretário-geral ao Presidente da República no encontro realizado, a pedido deste, esta segunda-feira.

No final, em declarações à comunicação social, Jerónimo de Sousa, que estava acompanhado por Jorge Cordeiro e Fernanda Mateus, ambos da Comissão Política, defendeu que a proposta levada a Belém «parte da realidade nacional, dos problemas que estão colocados ao nosso País, ao nosso povo».

E lembrou que há sete meses, em encontro igualmente com o Presidente da República, alertara para os perigos de estarmos a «caminhar para o desastre, a continuar esta política, este pacto de agressão». «Passados sete meses, a vida deu razão ao PCP. Vivemos uma situação insustentável, no plano económico e social, agravada agora com estes últimos acontecimentos», sublinhou o líder comunista.

Jerónimo de Sousa referiu ainda que não se trata da mera demissão de Vítor Gaspar ou de Paulo Portas, mas «da afirmação do falhanço desta política». E depois de chamar a atenção para a cumplicidade do Presidente da República, caso este permita o prosseguimento desta política e das suas consequências, lembrou que é no povo que reside a soberania. Reafirmada pelo dirigente comunista foi por fim a necessidade urgente de uma nova política, patriótica e de esquerda.

Anteontem, Jerónimo de Sousa voltou ao tema, em declarações à Lusa, para insistir na ideia de que «era digno e democrático» demitir o Governo, embora admitisse não esperar «grande coisa» de Belém.

Encenações

A declaração de Passos Coelho sábado passado sobre o acordo a que chegara com Paulo Portas mereceu também a pronta reacção do PCP, com Jorge Cordeiro, dos organismos executivos, a considerar que as «encenações» dos responsáveis máximos do PSD e do CDS-PP não iludem a derrota do Governo e a necessidade de eleições.

Essas são as «duas questões essenciais que estão colocadas perante o País», anotou, «por mais encenadas e patéticas que sejam as declarações em que se desdobram» os dirigentes daqueles partidos.

A ressaltar do quadro político está, assim, por um lado, «um Governo politicamente derrotado e socialmente isolado», o qual, «apesar de obcecadamente agarrado ao poder, é já parte do passado».

O dirigente comunista afirmou ainda que o Presidente da República «assume, nas actuais circunstâncias, a inteira responsabilidade de todas as consequências que resultem do prolongamento deste caminho para o abismo económico e social».



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