PCP exige eleições antecipadas

Nas mãos do povo

A luta dos trabalhadores e do povo, que conduziu o Governo à derrota, deve prosseguir para que da demissão do Governo resulte uma nova política, patriótica e de esquerda.

O PCP promoveu ontem três desfiles em Lisboa, Porto e Évora

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O PCP reagiu à demissão de Paulo Portas e à insistência do primeiro-ministro de se manter no poder através de uma declaração de Jerónimo de Sousa, proferida a partir da Assembleia da República pouco depois das 20 horas de anteontem. O Secretário-geral do PCP afirmou desde logo que as demissões de Paulo Portas e, na véspera, de Vítor Gaspar representam o esboroamento definitivo de um Governo e de uma maioria ilegítimos e à margem da lei e de um primeiro-ministro obcecadamente agarrado ao poder. Para o PCP, não há nenhuma outra saída digna e democrática que não seja a imediata dissolução da Assembleia da República pelo Presidente da República e a convocação de eleições legislativas antecipadas.

O dirigente comunista garantiu ainda que o País não permitirá que perante este «inaceitável espectáculo de degradação política e institucional» o Presidente da República continue a ser cúmplice de um Governo e de uma política que estão a conduzir Portugal e os portugueses para o abismo. O PCP sustenta que da mesma forma que foi a luta dos trabalhadores e do povo que conduziu o Governo à derrota, «está nas mãos dos trabalhadores e do povo a possibilidade de assegurar que a demissão do Governo e a realização de eleições seja acompanhada da rejeição do pacto de agressão, da derrota da política de direita e da concretização de uma política alternativa patriótica e de esquerda».

Para ontem à tarde, já depois do fecho da nossa edição, estavam marcados três desfiles do PCP – em Lisboa, no Porto e em Évora – para exigir a dissolução da Assembleia da República e a realização de eleições antecipadas. A CGTP-IN tem marcada para sábado, 6, às 15 horas uma concentração/manifestação a partir da Rua da Cordoaria, na Junqueira, até ao Palácio de Belém. A decisão foi tomada na reunião do Conselho Nacional da central sindical realizada ontem de manhã.

Entretanto, o Presidente da República recebe hoje os partidos com assento parlamentar. 



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