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Jerónimo de Sousa participou, sábado, num comício-festa da CDU no Tortosendo, concelho da Covilhã. Começando por saudar os trabalhadores e a população daquela localidade, onde o PCP escreveu «belas páginas» da sua história nos duros anos da resistência antifascista, o Secretário-geral comunista salientou que nunca as eleições autárquicas estiveram tão ligadas com a situação nacional como as que se realizam no próximo dia 29 de Setembro.

Nestas eleições, garantiu Jerónimo de Sousa, estarão em causa os próprios interesses das populações – prejudicados pelo corte do financiamento das autarquias, pela extinção das freguesias, pela Lei dos Compromissos – e votar na CDU servirá para reforçar a luta em defesa do Poder Local Democrático e dos serviços públicos essenciais, como a educação, a saúde, os tribunais, os correios, a água.

Fazendo um balanço negro da evolução da situação do País nos dois anos de vigência deste Governo e do pacto de agressão, Jerónimo de Sousa realçou a destruição de 400 mil postos de trabalho, o empobrecimento generalizado dos trabalhadores e de amplas camadas da população, o aumento da exploração, o agravamento da recessão e do próprio défice das contas públicas. «Estamos pior», garantiu, alertando para a preparação de um «segundo assalto» de 4700 milhões de euros nos salários e rendimentos dos trabalhadores da Administração Pública e dos reformados que PSD/CDS não deixarão de praticar se «puderem e tiverem tempo». Já para aqueles que tiveram responsabilidades particulares na crise, como a banca e os especuladores, há sempre dinheiro – lembrou –, precisamente aquele que é roubado à educação, à saúde, aos salários e às pensões.

No comício, Jerónimo de Sousa voltou a considerar que o Governo está derrotado. Assim, e sobretudo após a greve geral de dia 27 de Junho, a grande questão não é saber se o Governo será derrotado mas quando é que o povo, com a sua luta, o põe na rua.