Manifestações dia 27
«Não vimos um trabalhador que não concorde com a greve»
Anteontem, a lista de concentrações e manifestações, na sua maioria convocadas para a parte da tarde, apresentava já 39 locais, no Continente e nas regiões autónomas.
Em Lisboa, a concentração está marcada para as 14.30 horas, no Rossio, onde será instalado, a partir das 10 horas, um «posto de informação» da greve geral. No Porto, o ponto de encontro será a Praça da Liberdade, a partir das 15.30 horas.
Em Braga e Guimarães, as concentrações estão marcadas para as 15 horas. De manhã, em Barcelos, Famalicão e Fafe, haverá «praças de greve». Às 15.30, realizam-se concentrações em Aveiro, Ovar, Santa Maria da Feira e São João da Madeira; em Beja; em Faro, Portimão e Vila Real de Santo António.
No Funchal, às 11 horas, junto ao Banco de Portugal, começa uma manifestação que seguirá para a Assembleia Legislativa da Madeira e a presidência do Governo Regional. Nos Açores, realizam-se concentrações em Angra do Heroísmo, Horta e Ponta Delgada.
Para Setúbal (Praça do Quebedo) e Seixal (rotunda da Cruz de Pau) estão marcadas concentrações, seguidas de desfiles, a partir das 10 horas. Cerca das 11 horas, ocorrem concentrações em Almada (Cova da Piedade), Alcácer do Sal, Grândola e Sines. Às 15 horas, os protestos saem às ruas na Moita (em Alhos Vedros e na Baixa da Banheira) e em Santiago do Cacém.
A CGTP-IN confirmou ainda a realização de concentrações e manifestações em Castelo Branco e Covilhã (15 horas), Coimbra (10 horas, do edifício da Segurança Social até à Praça 8 de Maio), Évora (14.30 horas, das Portas da Alagoa à Praça do Giraldo), Guarda (14.30, Largo João Almeida), Marinha Grande (16.30 horas, da rotunda do Vidreiro), Portalegre (11.30 horas), Elvas (16 horas), Ponte de Sor (16.30 horas), Torres Novas (10.30 horas), Samora Correia (10.30 horas) e Santarém (15 horas).
Activistas do Movimento dos Trabalhadores Desempregados estão a preparar, para a manhã da greve geral, acções nos centros de emprego do distrito de Lisboa, apelando à participação na manifestação, à tarde, no Rossio.
O MURPI divulgou segunda-feira um comunicado, apelando a que os reformados apoiem a greve geral e contribuam para melhorar o esclarecimento e a compreensão da sua realização. Adianta ainda que as associações de reformados «irão reduzir as suas actividades de rotina, garantindo os serviços mínimos à população idosa carenciada».
Várias acções de divulgação e mobilização foram já realizadas nos últimos dias. Em Lisboa, activistas realizaram uma «marcha da greve geral», durante os festejos da noite de Santo António; anteontem, na baixa, a USL realizou uma arruada; a estrutura distrital da CGTP-IN tinha já marcado presença no encerramento da Feira do Livro, dia 10, distribuindo um folheto a que chamou «O Livro Negro do Governo PSD/CDS».
«Ainda não vimos um trabalhador que não concorde com a greve, mas há ameaças e alguns são vítimas de chantagem», comentou o coordenador da União dos Sindicatos da Madeira. Álvaro Silva foi citado no sábado, pela agência Lusa, após uma acção de contacto com reformados e pensionistas, no Mercado dos Lavradores, no Funchal.