Grupo de trabalho do EIPCO reuniu

O Grupo de Trabalho (GT) dos Encontros Internacionais de Partidos Comunistas e Operários (EIPCO) esteve reunido em Lisboa, no dia 11 de Maio, tendo na ocasião confirmado o PCP como anfitrião e a capital portuguesa como local do 15.º EIPCO, a realizar nos dias 8, 9 e 10 de Novembro, sob o lema «O aprofundamento da crise do capitalismo, o papel da classe operária e as tarefas dos comunistas na luta pelos direitos dos trabalhadores e dos povos. A ofensiva do imperialismo, a rearrumação de forças no plano internacional, a questão nacional, a emancipação de classe e a luta pelo socialismo».

De acordo com a nota emitida pelo gabinete de imprensa do Partido, os presentes realçaram «a importância do Encontro se realizar na Europa, num contexto de profunda crise do capitalismo e da UE, e em particular em Portugal, palco de intensas lutas dos trabalhadores e do povo».

Na troca de informações e opiniões sobre a situação em cada um dos países e no plano internacional, o GT solidarizou-se para com os trabalhadores portugueses e europeus, «confrontados com uma espiral de crise económica e ataques a direitos económicos e sociais, à soberania dos povos e à democracia com efeitos devastadores no plano social», e salientou que «a situação no continente europeu revela, de forma muito visível, a real natureza e objectivos do processo de integração capitalista na Europa – a UE –, que cada vez mais se confirma como um pólo de natureza imperialista».

Preocupações e luta

Os presentes manifestaram, igualmente, «grande preocupação relativamente à situação no Médio Oriente» face «aos perigos de generalização de conflitos militares na região», condenaram «os recentes ataques israelitas contra a Síria» enquadrando-os «numa possível operação de agressão em larga escala (…) da NATO e do Conselho de Cooperação do Golfo», e denunciaram «as manobras de ingerência e instigação externa do conflito», manifestando «a sua solidariedade para com o povo sírio e a sua luta pelos direitos económicos, sociais e políticos, bem como pela defesa da soberania e integridade territorial da sua pátria».

Neste contexto, e «reiterando a defesa do direito de todos os povos a organizarem-se para defenderem os seus direitos e decidirem do seu próprio destino, os participantes apelam aos trabalhadores e aos povos de todo o mundo para que se mobilizem e lutem pela paz no Médio Oriente, contra as ameaças e agressões imperialistas, nomeadamente contra a Síria, o Líbano ou o Irão, e em solidariedade com o povo palestiniano».

Destacando «os processos de luta em curso em diversos continentes, como na América Latina, contra a ofensiva imperialista, pelo progresso, a independência e soberania, a paz, pelo direito ao desenvolvimento e pela construção de alternativas ao domínio hegemónico do imperialismo», os participantes expressaram também «a sua firme solidariedade para com o povo cubano e a sua revolução socialista, e reafirmaram o seu compromisso de prosseguir a luta pela total libertação dos cinco patriotas cubanos», assim como para com «o povo venezuelano e as suas forças sociais e políticas, que resistem às tentativas (...) de pôr em causa a vontade popular expressa nas eleições de 14 de Abril de prosseguir e aprofundar a revolução bolivariana».

Os partidos participantes na reunião do GT chamaram por fim à atenção para «a militarização do Pacífico Sul conduzida pelo imperialismo norte-americano», considerando-a um «factor de instabilidade acrescida indissociável da mais recente crise na península coreana», e advertiram para «os perigos que decorrem do simultâneo aprofundamento da crise do capitalismo e intensificação da ofensiva imperialista», apelando, neste contexto, «ao desenvolvimento da luta dos trabalhadores e dos povos».



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