Pressão com pressa
Os trabalhadores da administração da Justiça estão a ser pressionados para optarem entre rescisões «amigáveis», a mobilidade geral ou a deslocação para tribunais, revelou a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, da CGTP-IN. Num comunicado em que apelou aos funcionários para que não se deixem intimidar, a FNSTFPS realça que a matéria das rescisões «por mútuo acordo» ainda não começou a ser negociada com o secretário de Estado da Administração Pública, depois de ter sido adiada duas vezes a reunião com os representantes sindicais.
A «urgência» de apurar a opção dos trabalhadores foi comunicada dia 8, por mensagem electrónica que tinha por título «redução de pessoal» e que terá sido difundida pelo director dos Serviços de Identificação Criminal, transcrevendo uma orientação do director-geral da Administração da Justiça. Foi pedido aos dirigentes que tratassem da lista de respostas até dia 12.
A federação classificou este caso como «um processo de pressão e de intimidação», colocando os trabalhadores perante uma escolha, «quando nunca foi anunciado, quer publicamente, quer em reuniões com o secretário de Estado, que a rejeição de uma rescisão “amigável” tivesse como consequência a passagem à mobilidade».