Desfile do PCP em Évora

Mudar de Governo e de política

Je­ró­nimo de Sousa par­ti­cipou an­te­ontem num con­cor­rido e vi­brante des­file pelas ruas de Évora, in­te­grado na cam­panha do PCP «Por uma po­lí­tica al­ter­na­tiva, pa­trió­tica e de es­querda».

O PS está com­pro­me­tido com a po­lí­tica da troika

Re­a­fir­mando as pa­la­vras de ordem cen­trais do Par­tido, no­me­a­da­mente no que res­peita aos vec­tores es­sen­ciais da po­lí­tica al­ter­na­tiva que propõe e com­porta, o des­file foi uma de­ter­mi­nada ma­ni­fes­tação de con­fi­ança no fu­turo so­be­rano e de­sen­vol­vido do País. Com o Se­cre­tário-geral do PCP se­guiram o membro da Co­missão Po­lí­tica João Dias Co­elho, os mem­bros do CC João Pau­zinho e João Oli­veira e muitos di­ri­gentes re­gi­o­nais e lo­cais do Par­tido, para além de uma mul­tidão de mi­li­tantes e sim­pa­ti­zantes co­mu­nistas de vá­rios con­ce­lhos do dis­trito.

No breve co­mício re­a­li­zado no final do des­file, Je­ró­nimo de Sousa voltou a de­fender a de­missão do Go­verno e a re­a­li­zação de elei­ções como um passo es­sen­cial para a re­so­lução dos pro­blemas do País. É, porém, um passo in­su­fi­ci­ente, pois não basta der­rotar o Go­verno PSD/​CDS – há que der­rotar também a po­lí­tica de di­reita e em­pre­ender a cons­trução de uma po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda, só pos­sível com um go­verno com­posto pelas forças po­lí­ticas e so­ciais e pelas per­so­na­li­dades efec­ti­va­mente in­te­res­sadas numa pro­funda mu­dança no rumo da po­lí­tica na­ci­onal.

Breve opo­sição

No seu dis­curso, o di­ri­gente co­mu­nista não deixou de co­mentar o mais re­cente epi­sódio da «te­le­no­vela» dos par­tidos da troika: o pe­dido de reu­nião que Passos Co­elho di­rigiu a An­tónio José Se­guro, e que se re­a­lizou ontem pela manhã. Para Je­ró­nimo de Sousa, se a troika e o Go­verno «en­con­trassem um PS con­victo da ne­ces­si­dade de rup­tura com esta po­lí­tica e com o pacto de agressão» se­gu­ra­mente que não pe­di­riam en­con­tros e con­sensos.

O Se­cre­tário-geral do Par­tido acusou ainda o PS de não re­solver aquela que é uma «con­tra­dição fun­da­mental», o facto de pre­tender as­sumir-se como força de opo­sição ao mesmo tempo que se mantém fiel ao cha­mado me­mo­rando de en­ten­di­mento com a troika, do qual foi, lembre-se, o pri­meiro subs­critor. Aliás, re­cordou, a pró­pria carta en­viada por Passos ao PS lembra que este par­tido as­sinou o pacto de agressão, aprovou na União Eu­ro­peia o tra­tado or­ça­mental e a go­ver­nação eco­nó­mica, o que, para o PCP, iden­ti­fica pro­fun­da­mente o PS com os eixos fun­da­men­tais da po­lí­tica pra­ti­cada por este Go­verno.

O PS, iro­nizou Je­ró­nimo de Sousa, teve uns «ra­di­ca­lismos de opo­sição», mas tal já per­tence ao pas­sado, tendo a exi­gência de de­missão do Go­verno de­sa­pa­re­cido por com­pleto do seu dis­curso. «Se estas coisas pu­dessem ter al­guma graça, acho que hoje o PS vo­taria contra a sua pró­pria moção de cen­sura.»



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