Governo derrubado
O governo esloveno, liderado pelo conservador Janez Jansa, foi derrubado, dia 27, na sequência de uma moção de censura apresentada pela oposição de centro-esquerda, aprovada por 55 dos 89 deputados do parlamento.
A moção teve como pretexto mais um escândalo que envolve o primeiro-ministro, acusado pela Comissão Nacional de Luta contra a corrupção de irregularidades na declaração do património.
Porém, o crescente descontentamento popular contra as políticas de austeridade já tinha esboroado a coligação governamental, da qual se desvincularam três dos cinco partidos que a compunham.
Em minoria e com o povo nas ruas, Jansa caiu para dar lugar à centrista Alenka Bratusek, líder do Partido Positivo, que tem o apoio da Lista Cívica (DL) do Partido Democrata dos Reformados (DeSUS), antigos aliados do governo, bem como dos sociais-democratas.
Se conseguir formar governo até ao próximo dia 14, Bratusek será a primeira mulher a governar o país, que está mergulhado na maior crise desde a sua independência em 1991.
A crise política surge num contexto de recessão económica e de pré-falência do sector bancário, o que torna a Eslovénia num candidato potencial a mais um resgate na zona euro.
Bratusek garante que o seu objectivo é «estimular a economia e voltar ao crescimento», mas acrescentou que tal passará pela procura de acordos com os parceiros sociais para «a necessária redução dos salários e subida dos impostos».